Prioridade do BNDES será micro e pequenas empresas
Presidente do banco, Aloizio Mercadante destacou que serão R$ 65 bilhões ide investimento neste plano via crédito indireto
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável) disse em entrevista na última segunda-feira (6) que o principal foco do banco será o desenvolvimento de micro e pequenas empresas.
Em seu discurso de posse, Mercadante destacou que R$ 65 bilhões devem ir para esse plano. “Vamos apoiar as micro, pequenas e médias empresas e as cooperativas de economia solidária com R$ 65 bilhões por meio de crédito indireto do banco e alavancagem via garantias do crédito privado”, disse Mercadante.
Novas medidas
Entre os planos apresentados pelo presidente do BNDES está, também, o ajuste na TLP (Taxa de Longo Prazo) do banco de fomento, onde Mercadante enxerga uma “enorme volatilidade e custo superior ao da dívida pública”.
Para o indicado pelo presidente Lula, o BNDES não deve concorrer com outras instituições privadas. Ele também defendeu juros mais competitivos para empresas micro, pequenas e médias.
Também estava presente no discurso de posse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Mercadante aproveitou para falar também sobre empoderamento de mulheres, negras e negros e que o BNDES terá papel também no combate racial e de gênero.
“Seremos promotores de uma sociedade mais justa e inclusiva por meio de nossas linhas de crédito e das ações de fomento que empoderem mulheres, negras e negros desse país. Nós temos que empoderar o empreendedorismo da comunidade negra e das mulheres brasileiras”, disse.
Mercado internacional
Sobre as exportações do Brasil, Mercadante disse em seu discurso que o BNDES deve atuar como “Eximbank” focando a longo prazo, aumentando o fomento para as exportações, integrando as conexões com outros países.
“O Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas, mas os produtos de alto valor agregado também são importantes. O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”, argumentou Mercante.
Outro foco do novo presidente é colocar o Brasil de volta no ambiente da industrialização, no que ele considera “nova indústria” digital e descarbonizada.
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