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Profissionais de Uber e iFood terão carteira assinada em 2023?

O verdadeiro foco do presidente eleito, Lula, deve ser a relação de trabalho com os profissionais de Uber e iFood. Saiba mais.

Uma fala polêmica do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem gerado muitas discussões. Em suma, ela diz respeito à regulamentação dos profissionais de Uber e iFood. A fala de Lula ocorreu durante a campanha e, desde então, a discussão sobre o vínculo de trabalho desses profissionais ganhou espaço em vários setores.

Com as movimentações do governo de transição, o debate está ainda mais em evidência. Ocorre que o plano da nova gestão é dar direitos semelhantes aos da CLT , como, por exemplo, direitos relacionados à aposentadoria, jornada de trabalho, descanso semanal remunerado e seguro.

Os profissionais de Uber e iFood terão carteira assinada em 2023?

No momento, o coordenador do grupo temático de trabalho na transição, que fala do assunto, é Clemente Ganz Lúcio. Desde 2017, o executivo critica a reforma trabalhista que o governo de Michel Temer aprovou. De acordo com Lúcio, ela precariza as relações de trabalho.

Entretanto, ao jornal “O Globo”, o economista disse que a proposta do novo governo é fugir da discussão sobre existência de vínculo empregatício. O verdadeiro foco deve ser a relação de trabalho com os profissionais de Uber e iFood.

Ademais, Lúcio disse que, até o momento, não houve a formatação de nenhuma proposta para que os trabalhadores de aplicativo tenham direitos trabalhistas assegurados. Entretanto, ele espera que isso ocorra em uma modelagem diferente da CLT.

Enquanto isso, Lula disse ao Podcast Flow que quer propor uma regulamentação com descanso semanal remunerado aos profissionais de Uber e iFood. Além disso, ele deseja que haja uma jornada de trabalho, seguro e previdência, direitos semelhantes aos da CLT.

O que diz o iFood?

De acordo com o iFood, a companhia está aberta para discutir a relação com os motoristas:

Como premissa, apoiamos o debate sobre um ambiente regulatório capaz de ampliar a proteção social aos entregadores e motoristas de aplicativos, respeitando as dinâmicas de autonomia e flexibilidade do trabalho em plataforma e trazendo segurança jurídica ao setor. O iFood segue à disposição para ouvir e colaborar por meio de informações e experiências de outros países, para que juntos possamos chegar na melhor solução para todos, sem viés ideológico, que distorça o objetivo comum.”

Imagem: Ground Picture / shutterstock.com