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Quais são os tipos de ações disponíveis na bolsa? 

Conheças os principais papéis disponíveis na B3 e qual a diferença entre eles.

Quais são os tipos de ações disponíveis na bolsa? Primeiramente, as ações são o modo mais tradicional de investimento em renda variável. Desta forma, por definição, uma ação (também chamada de papel) são a menor fração do capital social de uma empresa.

Em outras palavras, é o resultado da divisão do capital social em partes iguais. Por sua vez, o capital social é o próprio patrimônio da empresa, por assim dizer, pode ser considerado como a própria empresa.  

Dito isso, o possuidor de uma ação torna-se sócio da empresa, tendo todos os direitos a ele atribuídos de acordo com a quantidade de ações que possui. Assim sendo, o dono da ação é um sócio, com direito a receber lucros pela sua parte como qualquer outro benefício.  

Tipos de ações 

Anteriormente definimos o que é uma ação, com isso em mente, existem dois principais tipos de ações: as ordinárias e as preferenciais.  

Em primeiro lugar, as ações ordinárias conferem ao titular direito a voto em assembleia. Contudo, diferentemente das preferenciais, não tem preferência sobre dividendos.  

Em segundo lugar estão as ações preferenciais oferecem ao titular prioridade no recebimento de dividendos e, no caso de dissolução da empresa, reembolso de capital.  

Diferenças entre empresas 

Da mesma forma que as ações representam parte mínimas no capital de uma empresa, existem diferenças consideráveis entre as próprias empresas. Nesse sentido, as diferenças de liquidez das ações e grau de capitalização das companhias criam segmentos diferentes no mercado.  

Assim sendo, quanto a liquidez do papel as empresas são separadas em ações de primeira linha (blue chips) e ações de segunda linha. Nesse caso, a separação é somente por conta do volume de papeis negociados, definindo assim o grau de liquidez do título.  

Deste modo, não existe um volume definido para essa separação, contudo é uma separação bastante usual do mercado. Vale ressaltar que as blue chips são geralmente consideradas ações mais seguras, pois representam empresas mais consolidadas, as vezes com décadas no mercado.  

Em contrapartida, as ações ditas de segunda linha representam papéis com menor número de negociações, portanto, com menor liquidez. 

De forma parecida, as empresas são separadas pelo nível de capitalização de mercado, isto é a estimativa do valor de mercado da companhia. Nesse sentido, as empresas são dividas entre Large Caps, Mid Caps e Small Caps (alta capitalização, média capitalização e baixa capitalização respctivamente). 

Em suma, normalmente as Large Caps são empresas já bem consolidadas e sólidas, geralmente líderes de mercado e seguras. Já as Mid Caps são companhias já grandes, mas que ainda não se tornaram verdadeiramente gigantes nos seus mercados. Em contrapartida, as Small Caps se caracterizam por serem ainda empresas relativamente pequenas, e por isso terem altas possibilidades de crescimentos ou fracasso.  

Código das ações 

Se você já esta acostumado com o mercado, provavelmente já viu que o código de uma ação é sempre formado por letras em maiúsculo e um número (ITUB4, por exemplo). Contudo, esses números expressam informações sobre o tipo de papel negociado, e seguem uma lógica bem definida. 

Primeiramente, as ações são identificadas por quatro letras maiúsculas, que representam o nome da empresa (LAME3, Lojas Americanas). Entretanto, o que realmente difere os papéis de uma mesma empresa são os números que aparecem na sequência das letras. Finalmente, confira abaixo o que cada número significa.  

       1

Quando uma ação é sucedida pelo número 1, significa que o papel é um direito de subscrição (compra) se uma ação ordinária. Nesse sentido, quando uma empresa aumenta seu capital, ela dá ao acionista o direito de continuar com a mesma porcentagem de capital da empresa. Sendo assim, a companhia reserva ao investidor o direito de comprar a ação pelo preço determinado e ele decide se investirá mais ou não.  

      2

Já o número 2 é utilizado na mesma situação, contudo para o direito de subscrição de uma ação preferencial.  

      3

O número 3 é utilizado para indicar uma ação ordinária (com direito a voto) de uma empresa. Assim sendo, esse tipo de ação é um dos mais comercializados na B3. 

     4

Por sua vez, o número 4 é usado para indicar uma ação preferencial (com preferência na distribuição de dividendos). Desta forma, essa também entra na categorias de ativos mais comercializada na B3. 

      5, 6, 7 e 8

Por outro lado, esses 4 números também são usados para ações preferenciais, contudo, de classes diferentes (classe A, B, C e D respectivamente). Ainda assim, não é uma padronização entre as classes, cabendo as próprias empresas definirem a diferença entre elas.  

     9

De modo semelhante ao número 1, o 9 indica o recibo do direito exercido por uma ação de subscrição ordinária. Em resumo, após exercer o direito de subscrição contido numa ação com o final de código 1, o investidor receberá uma ação com o código 9. Entretanto, essa ação só permanece com o código 9 por um período limitado, e depois é substituída por uma ordinária comum.  

      10

Analogamente ao 9, porém em relação as ações preferenciais.  

      11

De forma parecida com as ações de classe, aqui não há uma regra definida para o código 11. Contudo, os BDRs são um dos ativos que mais utilizam o código (recibos de ações internacionais negociadas na B3). Porém conjuntos de ações também são comumente visto com o código 11, com a composição variável de empresa para empresa. 

Por último falaremos dos ETFs.  

Os ETFs são semelhantes aos fundos de investimento tradicionais, com a diferença que as ações em um ETF podem ser compradas e vendidas ao longo do dia. Sendo assim a negociação das ações contidas neles são feitas como ações em bolsas de valores, pela corretora. 

Assim como, os ETFs não vendem ou resgatam suas ações, as instituições financeiras apenas compram e resgatam papeis em grandes blocos (blocos de criação). Desta forma, os ETFs possuem diversas composições, podendo imitar um índice (tentam replicar desempenhos de índices específicos), como também ETFs de títulos, commodities, moeda, etc. 

Últimas considerações 

Em resumo, esse seria um guia básico para quem quer conhecer um pouco sobre as ações disponíveis na B3 e suas particularidades. Ainda assim, indico que antes de começar a investir você estude um pouco mais sobre o mercado e seus diversos produtos.  

Por fim, espero que o guia tenha ajudado e agregado um pouco mais de conhecimento, se quiser ficar por dentro de comentários específicos da empresa é só ir para aba ações do Ibovespa.  

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imagem: Ribeiro / shutterstock.com