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Qual a situação da CBA? Veja os números da estreante na B3

Confira os números da estreante na B3 e como andam os principais indicadores da empresa.

Qual a situação da CBA? Primeiramente, a CBA é uma produtora de alumínio presente em toda a cadeia de produção do produto. Nesse sentido, a companhia faz a extração da bauxita, transforma o metal e vende o alumínio em diversas formas e até em produtos já transformados.

Além disso, possui hidroelétricas próprias que cobrem 100% da necessidade energética da sua produção. Sendo assim, o restante da energia também é comercializado gerando uma parte importante das receitas da empresa.

Dito isso, as operações da empresa cobrem praticamente toda a cadeia de produção do alumínio, o que fornece vantagens para a companhia. Nesse sentido, a receita líquida da CBA aumentou 34% no 1T21 quando comparada ao 1T20, totalizando R$ 1.8bilhão. Este aumento se deve principalmente ao maior volume de vendas e a subida do preço do alumínio no período.

Em contrapartida, o negócio de energia apresentou uma redução de 30% comparando os dois períodos. Desta forma, a queda é explicada pelo menor volume de vendas, impactada pelo maior uso da energia na produção do alumínio.

Por fim, a companhia recém estreou na Bolsa brasileira, mais precisamente no dia 15.07.21, tendo seu IPO em R$ 11,89.

Indicadores da CBA

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento mais racional e embasada, é necessário se atentar para alguns indicadores da empresa em análise. Ele fornecem uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor na tomada de decisão.

Com tal propósito, falaremos sobre alguns indicadores e os resultados e histórico que os agregam. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa.

Ademais, também se faz válido ressaltar que os números nesse artigo foram tirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 03.08.21. Enfim, usaremos as ações ordinárias da empresa como base de análise, sendo sua sigla na B3 CBAV3.

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da CBA

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela avaliação da sua rentabilidade. Sendo esse um dos pontos principais para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo pode trazer retornos.

Lucro Líquido

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas.  Portanto, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resumo o lucro líquido. Assim, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidos pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço.

Desta forma, a CBA apresentou prejuízo líquido de R$ 133 milhões no 1T21, uma variação negativa de -180% se comparado ao 1T20. Nesse sentido, o lucro líquido do período anterior foi de R$ 47 milhões.

Margem líquida

A margem líquida representa a porcentagem de lucro líquido que uma empresa obteve em relação à sua receita total. Assim, quanto maior é o indicador, mais eficiente é a operação da empresa, uma vez que uma maior parte do que foi gerado se tornou lucro.

Nesse interim, como visto no indicador anterior, a companhia apresentou prejuízo líquido no 1T21, fazendo com a sua margem líquida também ficasse negativa. Dito isso, a margem líquida atual da CBA é de -16,26%.

EBITDA

Primeiramente, o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.

Ele demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível da empresa. Desta forma, o EBITDA ajustado da CBA teve um aumento de 123% no 1T21 quando comparado ao 1T20, chegando aos R$ 360 milhões. Nesse sentido, o aumento no negócio de alumínio foi de 80%, chegando a R$ 209 milhões. Ademais, o aumento da receita compensou parcialmente os valores investidos em estudos de produção da empresa.

Endividamento da CBA

Primeiramente, em março desse ano, a dívida bruta total da CBA era de R$ 3,2 bilhões, um aumento de 24% se comparado ao 1T20. Sendo assim, o principal motivo desse aumento foi a marcação a mercado da dívida, que foi alterado com a desvalorização do real frente ao dólar.

Nesse sentido, a desvalorização da moeda nacional frente a norte-americana foi de 23% no período, o que já explica a maior parte do aumento da dívida. Além disso, por se controlada pela holding Votorantim S.A., a CBA faz parte da linha de crédito rotativo de U$ 200 milhões da controladora, auxiliando a liquidez da empresa.

Dívida líquida / PL

Primeiramente, a Dívida Líquida/Patrimônio Líquido significa a divisão entre todo o endividamento da empresa e o total de ativos que ela possui. Desta forma, é possível descobrir o quanto uma empresa utiliza de capital de terceiros para financiar suas atividades em relação ao patrimônio dos seus acionistas.

Desta forma, a dívida líquida / PL da CBA se apresenta em um número confortável, muito por conta do montante em caixa e eq. de caixa da empresa. Dito isso, a dívida líquida total da companhia no 1T21 foi de cerca de R$ 3 bilhões, contra um caixa e equivalentes (incluindo investimentos financeiros) de R$ 854 milhões.

Dívida líquida / EBITDA

Da mesma forma, a Dívida líquida / EBITDA fornece o número de anos que uma empresa levaria para pagar sua dívida líquida no cenário em que o EBITDA permanece constante.

Nesse sentido, a dívida líquida/ EBITDA ajustado da CBA saiu de 3.08x em dezembro de 2020 para 2,53 no 1T21. Contudo, apesar do número parecer alto, o perfil de dívida da empresa ajuda a deixar o investidor menos preocupado. Portanto, a concentração relevante de vencimentos da dívida da CBA se da a partir do ano 2024, cerca de R$ 1 bilhão do total da dívida.

Conclusão

A CBA se lança na bolsa como uma opção para os que buscam uma empresa totalmente presente na cadeia de produção de seu produto. Por fazer desde a extração do minério até a transformação em produtos utilizáveis, a empresa possui certa vantagem competitiva frente as concorrentes.

Dito isso, a empresa é controlada por uma grande companhia, que geralmente fornece solidez de operação para suas controladas. Ademais, a companhia parece não apresentar grandes problemas de endividamento, devendo o investidor focar sua atenção na rentabilidade da CBA, que não é a melhor do setor.

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Imagem: cba.com.br/cba