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Rombos deixados por Bolsonaro podem inviabilizar promessas de Lula

Entre as propostas de campanha do presidente eleito Lula (PT), estão a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, ajustes no salário mínimo, aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda e renegociação de dívidas.

Contudo, para conseguir viabilizar todas as promessas, Lula precisará de novas medidas para lidar com um Orçamento apertado deixado pelo governo Bolsonaro. 

De acordo com economistas, não há muito espaço no Orçamento de 2023 encaminhado ao Congresso para despesas “livres”. 

Propostas de Lula 

Desde o início da campanha, Lula tem falado sobre a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 em seu governo. Além disso, ainda se tratando do benefício, o petista falou sobre um pagamento adicional de R$ 150 para famílias com crianças menores de 6 anos de idade. 

Acontece que, no Orçamento para o próximo ano, para caber no teto de gastos, Bolsonaro propôs o auxílio em R$ 405. Sem espaço para novos aumentos. 

Apenas com essa proposta, a equipe de Lula terá que indicar medidas para buscar a aprovação. 

Em relação à isenção do Imposto de Renda, o presidente eleito falou sobre tornar isentos todos os brasileiros que recebem até R$ 5 mil por mês. Hoje, essa faixa de isenção é para quem recebe até R$ 1.903,98. 

Isso significaria uma despesa de R$ 21,5 bilhões aos cofres públicos, de acordo com cálculo realizado pelo Sindifisco Nacional.

Ou seja, mais despesas para financiar. Isso sem considerar, aqui, as outras propostas feitas por Lula. 

A conta de bilhões 

Fora do Orçamento, as propostas eleitorais de Lula somam cerca de R$ 175,2 bilhões, com base em cálculos do g1, que sua equipe terá que negociar com o Congresso Nacional. 

De acordo com membros da equipe do petista, diversos fatores importantes não foram abordados pelo Orçamento encaminhado ao Congresso pelo atual governo, o que afeta áreas como a saúde e a educação.

As conversas sobre a manutenção do Auxílio Brasil no patamar atual já foram iniciadas. Ao que tudo indica, para viabilizar o pagamento do montante aos brasileiros, será necessária a votação de uma nova PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

Imagem: Isaac Fontana/shutterstock.com