Salário médio dos trabalhadores de plataformas de serviços foi de R$ 2.645; confira
Confira aqui as diferenças entre trabalhadores de plataformas de serviços e demais ocupados e o que justifica o valor do salário médio!
Em 2022, os trabalhadores que atuavam por meio de plataformas digitais e aplicativos de prestação serviços, como transporte, entrega, entre outros, aqui denominados “plataformizados”, obtiveram um salário médio de R$ 2.645. A cifra demonstrou um acréscimo de 5,4% em relação ao rendimento médio mensal dos demais ocupados, que foi de R$ 2.510 no mesmo período.
Porém, é relevante observar que a comparação dos rendimentos entre os ocupados plataformizados e os não plataformizados deve levar em consideração diferenças significativas quanto ao nível de instrução e às ocupações desempenhadas.
Os dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e as estatísticas são fruto de pesquisa feita em parceria entre a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Portanto, siga a leitura para conferir mais sobre essa questão!
Salário dos trabalhadores de plataformas
Entre os trabalhadores com menor nível de escolaridade, os plataformizados tiveram rendimentos mensais reais que superavam em mais de 30% os ganhos daqueles que não aderiram a essas ferramentas digitais.
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No entanto, para aqueles com nível superior completo, o rendimento dos que trabalham por aplicativos atingiu R$ 4.319. Esse valor é 19,2% inferior ao ganho dos não plataformizados com mesmo nível de instrução, que alcançaram R$ 5.348.
Essa disparidade é explicada pela constatação de que muitos trabalhadores plataformizados com nível superior completo exercem ocupações que não requerem alto grau de qualificação, como é o caso dos motoristas de aplicativo.
Carga horária de trabalho
Ainda de acordo com o levantamento, os trabalhadores plataformizados cumpriram, em média, uma carga horária semanal de 46 horas. Isso representa uma jornada 6,5 horas superior àquela dos demais ocupados, que despendiam 39,5 horas. Ademais, é importante notar que essa discrepância nas horas trabalhadas também impacta na diferença de rendimento.
Isso porque, quando se considera o rendimento por hora trabalhada, os trabalhadores de plataformas digitais apresentam um rendimento médio inferior ao dos demais ocupados, conforme explica o analista da pesquisa Gustavo Geaquinto. Além disso, em relação à previdência, constatou-se que 60,8% dos ocupados no setor privado contribuíam regularmente, contra apenas 35,7% dos plataformizados.
Por fim, observou-se também que a proporção de trabalhadores plataformizados em situação informal alcançava 70,1%. Esse é um valor significativamente superior ao percentual total de ocupados no setor privado, que situava-se em 44,2%.
Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com