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Salário mínimo de R$ 1.320 em 2023 pode não acontecer, segundo Haddad

Ministro da Fazenda fala sobre possibilidade do piso salarial ser de R$ 1.320.

Parte da equipe econômica do novo governo, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não confirma o salário mínimo de R$ 1.320 para 2023. De acordo com ele, o valor ainda está sendo avaliado.

Haddad afirma que o reajuste dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 se trata de uma “decisão política”. Além disso, o ministro defendeu que o novo piso já representa um aumento real.

Haddad não garante salário mínimo de R$ 1.320

De acordo com o ministro, a promessa de campanha do presidente Lula, referente ao aumento do salário mínimo acima da inflação, já é garantida com o piso salarial vigente de R$ 1.302.

“O compromisso do presidente Lula é de aumento real, o que já aconteceu. O salário mínimo atual é 1,4% maior que a inflação acumulada desde o último reajuste”, disse Haddad. O valor atual do salário mínimo foi definido por meio de Medida Provisória editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Haddad cita como impasse para o reajuste, antes defendido por Lula, a destinação dos R$ 6,8 bilhões do Orçamento de 2023 para os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o Ministro da Fazenda:

“Esse recurso do Orçamento foi consumido pelo andar da fila do INSS, porque a partir do início do processo eleitoral, por razão que não tem nada a ver com respeito à Constituição, a fila começou a andar, porque o governo estava desesperado por voto”.

Piso salarial de R$ 1.320 será avaliado por centrais sindicais

Diante dos impasses referente ao reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, o tema deve ser negociado junto às centrais sindicais. De acordo com Haddad, a avaliação acontecerá entre o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e as centrais no Palácio do Planalto.

O líder do Ministério da Fazenda destacou ainda que foi solicitado que a Previdência Social refizesse os cálculos para que os valores fossem repassados para a mesa de negociação.

No entanto, a divulgação dos números, que aconteceria no início desta semana, foi adiada devido aos ataques antidemocráticos que ocorreram na Praça dos Três Poderes, no domingo último (8).

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil