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Santander toma decisão favorável a clientes, mas que pode ter custos altos

De olho em uma tendência que só cresce, o Banco Santander quer expandir seus negócios no nicho das carteiras digitais, as chamadas wallets. A razão isso são dois fatores básicos e importantes para o banco ter uma vida financeira saudável: nas carteiras digitais, a rentabilidade é maior e o número de inadimplência, menor.

Nesse sentido, se o ano de 2022 foi incerto para a economia brasileira, o Santander foi em busca de soluções para atravessar o período difícil e acertou em cheio. O setor de cartões de crédito do banco se tornou mais seletivo e reduziu o risco.

Assim, essas medidas deram um faturamento histórico para o banco, que fechou o ano com R$ 338 bilhões, crescendo, assim, 10% a mais do que em 2021.

Fidelizar os bons clientes

Desde fevereiro, o Santander estabeleceu uma parceria com o Google Pay. A intenção é incentivar o uso dos cartões do banco no meio digital, em apps como a Samsung Pay e a Apple Pay, que já possuem parceria com o banco. Assim, entre novembro e dezembro de 2022, foi alcançado um aumento de 5% nas wallets em comparação com os cartões físicos.

O diretor de cartões e pagamentos digitais da instituição financeira, Rogério Panca, afirma que, quando há mais opções ao cliente para realizar operações no meio digital, esse usuário passa a ter mais vínculo com o banco.

Além disso, segundo Panca, um usuário digitalizado gasta 24% a mais do que aquele do ambiente físico. “O nível de consumo e relacionamento que ele tem com o Banco Santander é muito superior”.

Em 2023, foco do Santander é a conversão de clientes ao meio digital

Os números e os serviços utilizados na internet estão fazendo o banco apostar ainda mais no meio digital.

No ano passado, das transações realizadas, 41% aconteceram de forma online e o valor gasto em compras pela internet foi 30% maior que no espaço físico. Ademais, as operações do cartão online acontecem em plataformas de uso recorrente, como Ifood, Uber e Netflix.

Assim, a aposta da instituição financeira para esse ano é investir em campanhas de marketing para atrair clientes potenciais do próprio banco.

Nesse sentido, usuários dos níveis Private Banking e Select, que possuem grandes valores em investimentos no banco, são o público que o Santander quer migrar para o digital. Além de, ao mesmo tempo, seguir controlando a concessão de cartões de créditos no modo físico.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock