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Senado aprova intervenção federal no DF

Decisão de Lula sobre intervenção federal aconteceu após atos golpistas de apoiadores de Jair Bolsonaro destruírem as sedes dos Três Poderes

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (10) o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a intervenção federal no Distrito Federal.

A decisão do presidente aconteceu após os atos golpistas de apoiadores de Jair Bolsonaro destruírem as sedes dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo (8). 

A Câmara dos Deputados já havia aprovado o decreto. Assim, com a aprovação do Senado Federal, o Governo Federal assume a segurança pública do Distrito Federal.

De acordo com o texto da medida, a intervenção acontece até 31 de janeiro. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, será responsável pela intervenção.

Votação simbólica do Senado contou com votos contrários 

Assim como na Câmara dos Deputados, a votação do decreto de Lula sobre a intervenção federal do Distrito Federal no Senado foi simbólica. Dessa forma, o painel eletrônico que contabiliza os votos não foi utilizado .

Ainda assim, oito senadores votaram contra o decreto de intervenção. Entre eles, o filho do ex-presidente Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro (PL). 

Além de Flávio, votaram contra o decreto Carlos Portinho (PL), Luis Carlos Heinze (PP), Zequinha Marinho (PL), Carlos Viana (PL), Eduardo Girão (Pode), Plinio Valério (PSDB) e Styvenson Valentin (Pode). 

Lula determinou intervenção no domingo (8)

O decreto de Lula foi feito ainda no domingo (8), em meio aos ataques golpistas de grupos bolsonaristas em Brasília. Os terroristas destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, o presidente decretou intervenção federal na segurança pública do DF para que o Governo Federal ficasse a cargo da segurança na região. De acordo com o texto, a intervenção acontece “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”.

Ainda na madrugada de segunda-feira (9), após os ataques, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, por omissão na atuação contra os atos golpistas em Brasília.

Torres é visto como forte aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, atuando inclusive como ministro da Justiça e Segurança no governo do antigo mandatário. 

Em seguida, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador pelo prazo de 90 dias. 

Imagem: Wagner Santos de Almeida / Shutterstock