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Shein é acusada de plagiar desenhos indígenas; entenda o caso

Shein enfrenta protesto por acusações de apropriação cultural pelo governo mexicano. Saiba mais sobre a polêmica!

A gigante chinesa da moda de baixo custo, Shein, está enfrentando acusações do governo do México por suposto plágio de desenhos indígenas. De acordo com o governo mexicano, a empresa reproduziu, em várias peças de sua coleção, elementos distintivos da cultura e identidade sem autorização.

Conforme os acusadores, a ação torna-se uma apropriação cultural inadequada e desrespeitosa. Para as comunidades indígenas, esses elementos representam não apenas um estilo estético, mas também uma conexão profunda com sua identidade, história e herança cultural.

Governo mexicano exige explicação da Shein por apropriação cultural

A Secretaria de Cultura do México, com status de ministério, enviou uma contundente carta de protesto à Shein, destacando especificamente uma camisa da coleção Emery Rose, com uma estampa floral. De acordo com a Secretaria, essas peças vão além de simples flores bordadas, elas são parte essencial do entorno biocultural e da história do povo nahua de San Gabriel Chilac, Puebla.

Em carta de protesto, o governo mexicano exige que a Shein forneça uma explicação pública sobre os fundamentos pelos quais ela se apropria indevidamente de uma expressão cultural tradicional que pertence coletivamente ao povo nahua. Enfatiza-se a plena documentação da origem desses elementos culturais, reforçando a necessidade de respeitar os direitos das comunidades indígenas.

Danos econômicos e morais às comunidades indígenas

Dessa forma, a Secretaria de Cultura do México ressalta a relevância do caso. Não apenas pelos danos econômicos impostos ao povo indígena devido à cópia não autorizada, que impossibilita a competição no mercado com produtos fabricados industrialmente, mas também pelos danos morais, uma vez que o grupo se sente privado de sua identidade coletiva.

Nesse contexto, é importante que empresas e indivíduos estejam conscientes das origens culturais de suas criações. A fim de reconhecer a importância de obter consentimento e compartilhar os benefícios de maneira justa com as comunidades de origem.

Imagem: Naletova Elena / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital