Shein já possui mais de 150 fábricas no Brasil

A gigante de e-commerce de moda, Shein, deu início ao seu plano de nacionalização da produção no Brasil, contando agora com 151 fábricas têxteis operando no país.

Com a meta de atingir 200 unidades nos próximos meses e chegar a dois mil pontos fabris em até três anos, a empresa já está comercializando produtos fabricados localmente em sua plataforma.

Estratégia de expansão e relevância do mercado brasileiro

A decisão da Shein de implantar um modelo de produção próprio no Brasil reflete a relevância do mercado nacional para a empresa. O país se tornou o primeiro a receber essa iniciativa, enquanto a China, sede da companhia, possui mais de 6 mil fábricas responsáveis pela confecção dos itens de vestuário vendidos em 165 países.

Desafios e vantagens da produção nacional

Especialistas destacam que o sucesso da nacionalização da produção da Shein no Brasil dependerá de sua capacidade de replicar sua cadeia logística e conhecimentos utilizados na produção chinesa. A empresa estima que produzir localmente será mais vantajoso do que importar, pois os custos de transporte têm pressionado os serviços de e-commerce de cross-border.

Marcelo Claure, chairman da Shein para América Latina, acredita que a produção nacional terá preços equivalentes ou até mesmo inferiores aos produtos importados, buscando eficiência nesse processo. No entanto, a empresa precisa auxiliar as fábricas locais a se desenvolverem em termos de tecnologia e compreensão do modelo de negócio.

“Uberização” das parcerias e expansão futura

A Shein planeja “uberizar” as parcerias com fábricas locais, utilizando a tecnologia para facilitar o processo de transferência de conhecimento, informações sobre pedidos e produção das peças de roupas vendidas em sua plataforma. A empresa deseja revitalizar o mercado têxtil brasileiro e modernizar as fábricas por meio da digitalização dos fornecedores.

A expansão da malha produtiva no Brasil pode abrir portas para exportações futuras para países vizinhos na América Latina e, posteriormente, para outros mercados globais, dependendo dos resultados alcançados. No entanto, desafios como a carga tributária e os encargos trabalhistas podem impactar o projeto de expansão da Shein no país.

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