Sindicalistas entraram na Justiça para pedir bloqueio de contas da Americanas
Mais uma ação contra a Americanas foi apresentada com o intuito de proteger os trabalhadores da empresa. Entenda!
Na última quarta-feira (25), centrais sindicais e confederações entraram com uma ação na Justiça a fim de solicitar o bloqueio de R$ 1,53 bilhão das contas pessoais dos principais acionistas da Americanas. A medida foi uma forma de assegurar que as ações trabalhistas contra a empresa sejam pagas.
Na última semana, a varejista entrou com um pedido de recuperação judicial com uma dívida que ultrapassa R$ 40 bilhões depois de anunciar inconsistências no balanço contábil.
O pedido da ação civil desconsidera a situação atual da empresa e responsabiliza os três maiores acionistas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Alberto Sicupira pelo rombo financeiro da Americanas.
Entidades trabalhistas
Participaram da solicitação as seguintes entidades trabalhistas.
- Central Única dos Trabalhadores (CUT);
- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
- União Geral dos Trabalhadores (UGT);
- Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB);
- Força Sindical (FS);
- Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST);
- Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC);
- Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT).
A ação judicial, com mecanismo previsto em lei, deixa de lado a autonomia patrimonial da companhia em casos de abusos ou fraudes para que os acionistas arquem com os prejuízos com o próprio dinheiro.
São cerca de 17 mil ações trabalhistas em andamento contra a Americanas no momento.
Dívida da Americanas com trabalhadores
Dos R$ 41,2 bilhões totais em dívidas, cerca de R$ 64,8 milhões são correspondentes aos valores devidos aos trabalhadores da empresa. Atualmente, a Americanas dispõe de 44 mil funcionários empregados.
O recurso adotado pelas centrais e confederações é justamente para proteger os empregados da varejista e fazer com que eles recebam o valor devido.
Na terça-feira (24), quando a reunião para debater sobre o assunto foi realizada, o gerente de Recursos Humanos da companhia, Lúcio Marques, alegou estar otimista com o processo de recuperação judicial.
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