Sofro de Burnout; o que devo apresentar na perícia médica do INSS?
Explorando a Síndrome de Burnout. Entenda seu reconhecimento, desafios na perícia médica.
A Sociedade contemporânea tem assistido ao crescimento de uma perigosa enfermidade: a Síndrome de Burnout. Este transtorno, resultante de condições de trabalho estressantes, tem afetado a saúde física e mental de muitos profissionais, causando exaustão extrema e sensação de ineficácia.
Em 2022, esta condição passou a ser oficialmente reconhecida como doença ocupacional pelo CID 11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Permitindo a solicitação do auxílio-doença ou por invalidez. Saiba mais a seguir.
Síndrome de Burnout: entendida como resultado do trabalho
Com esta nova perspectiva, o estresse excessivo e a má administração das funções profissionais em certos ambientes corporativos, consideram-se oficialmente fatores de risco. Além do mais, os sintomas incluem estresse, enxaqueca, depressão, ansiedade, dentre outros severos prejuízos à saúde.
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À vista disso, para solicitar a perícia deve-se possuir todos os laudos e relatórios psiquiátricos, exames complementares, receitas, atestados, tudo que sirva de comprovação. Após verificar a documentação e dados pessoais, siga este passo a passo:
- Entrar em contato com o INSS: pelo135, site ou aplicativo (Android e iOS)
- Agendar a perícia: pelo aplicativo e deve solicitar “Novo Pedido”, anexar os documentos e laudos. Após aprovação, solicite a perícia, com as instruções do portal; e
- Aguardar o resultado para descobrir se receberá de forma temporária (auxílio-doença: superior a 15 dias) ou definitiva (invalidez: permanente).
Motivos para o difícil diagnóstico da Síndrome
Contudo, um dos principais obstáculos no diagnóstico correto da Síndrome de Burnout é a semelhança dos seus sintomas com outras doenças, como a síndrome do pânico, depressão e ansiedade. Ademais, a identificação da doença é ainda mais complexa quando consideramos as particularidades do ambiente de trabalho e as condições que podem desencadear a síndrome, tais como:
- Pressão constante;
- Acúmulo de tensão;
- Assédios; e
- Excesso de responsabilidades.
Por isso, é fundamental um exame cuidadoso e uma avaliação minuciosa por parte do médico. Assim, com um diagnóstico correto e a documentação necessária, é possível protocolar o pedido de benefícios pertinentes ao INSS.
Imagem: pvproductions/ Freepik