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Suspensão da bolsa Capes afeta milhares de estudantes de pós-graduação

Entenda de que maneira a suspensão da bolsa Capes afeta os estudantes de pós-graduação e saiba qual o valor do corte.

Estudantes e pesquisadores cobraram nas redes sociais o pagamento da bolsa Capes, que foi bloqueada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Desse modo, mais de 200 mil pessoas não vão receber suas bolsas, que deveriam ter sido pagas até ontem (7).

Essas pessoas são estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Assim, os bloqueios foram impostos pelo Ministério da Economia ao MEC (Ministério da Educação), fazendo com que as universidades e institutos federais ficassem sem verba.

Qual o valor do bloqueio? 

Em 1º de dezembro, em menos de seis horas, o governo federal desbloqueou e voltou a bloquear os recursos das universidades. Logo, o bloqueio inicial tinha ocorrido em 28 de novembro e travou cerca de R$ 1,4 bilhão na área da educação, sendo R$ 344 milhões das universidades.

Após o acontecimento, o MEC chegou a liberar parte dos recursos, mas antes da verba ser usada o Ministério da Economia fez um novo bloqueio. Na nota divulgada no dia 29 de novembro o MEC apenas disse que “recebeu a notificação do Ministério da Economia a respeito dos bloqueios orçamentários realizados”. 

Contudo, ontem (7) a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) divulgou um comunicado informando que não haverá recursos para pagar mais de 200 mil bolsas. 

Manifestação dos estudantes

Primeiramente, diversos estudantes que dependem do valor da bolsa Capes se manifestaram nas redes sociais, entre eles, Gil do Vigor, economista e ex-BBB. Atualmente Gil cursa PhD nos Estados Unidos e compartilhou uma mensagem antiga, escrita em 2018, quando era bolsista.

Além dele, outros estudantes também protestaram com a hashtag #PagueMinhaBolsa. 

Universidades 

Diversas universidades sofrem com a situação, entre elas a Universidade de São Paulo (USP). Mais de seis mil alunos de pós-graduação foram diretamente prejudicados. Pensando em amenizar a situação, a reitoria da USP autorizou o acesso gratuito desses estudantes aos restaurantes da universidade. 

Além disso, a universidade estuda adotar outras medidas de assistência para lidar com essa situação. Bem como a USP, a Unifesp também não cobrará pelas refeições desses alunos. Desse modo, a UFabc, UFSCar, UEL, UFRJ e outras instituições federais também sofrem com os cortes. 

Imagem: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil