Trabalhadores podem ganhar até R$ 2.100 graças a MP editada por Bolsonaro
Nesta segunda-feira (21), o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) editou uma medida provisória que permite a contratação, sem precisar passar pelo processo seletivo, de trabalhadores que atuarem no Censo Demográfico de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O MP (Ministério Público) define que servidores aposentados da União, Distrito Federal, Estados e Municípios também podem ter contratação.
Falta de recenseadores é o principal motivo para o atraso na coleta de dados
O IBGE adiou a conclusão do Censo para dezembro deste ano por conta da falta de recenseadores. Ela é sinalizada pelo instituto como o principal motivo para o atraso na coleta dos dados, previstos inicialmente para acabarem no final do mês de outubro.
O prazo de conclusão já foi prorrogado duas vezes e agora está previsto para dezembro.
Ao ser interrogado pelo g1 sobre a possível prorrogação da coleta, o número de recenseadores a serem contratados e em que momento está a coleta, o IBGE afirmou “que, até então, 64,3% do Censo 2022 foi finalizado, com aproximadamente 50% dos recenseadores trabalhando, e que a previsão é complementar o quadro com novas contratações.”.
IBGE inicia seleção para 7.000 vagas
O IBGE iniciou um novo processo seletivo complementar para o Censo 2022. O edital conta com a contratação de 6.765 funcionários temporários de nível fundamental completo em 17 estados do Brasil.
Existem vagas para as seguintes funções:
- Recenseadores;
- Supervisor;
- Agentes censitários municipal.
Para participar, os interessados devem comparecer a um dos postos de inscrições do IBGE com o formulário de inscrição preenchido e assinado em mãos. Interessados podem ter acesso ao formulário acessando diretamente a página do IBGE.
Os recenseadores são responsáveis pela aplicação dos questionários do Censo. Eles recebem por produtividade, com jornada de trabalho mínima de 25 horas semanais. Já a função de agente censitário conta com 40 horas semanais. Os salários mensais variam entre R$ 1,7 mil e R$ 2,1 mil.
Imagem: Divulgação / IBGE