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Trabalho escravo no Lollapalooza: festival sofre grave acusação

Entenda o caso envolvendo trabalho escravo no Lollapalooza e qual foi o posicionamento da empresa organizadora do evento.

Começou nesta sexta-feira (24) um dos festivais mais famosos do Brasil: o Lollapalooza. O evento deve acontecer entre os dias 24 e 26 no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo.

Apesar da grandiosidade do evento e de diversos artistas mundialmente conhecidos já estarem no Brasil, uma denúncia chocou os fãs do festival. O Lollapalooza 2023, organizado pela T4F, foi acusado de prática de trabalho análogo à escravidão. As informações têm base na fiscalização do Ministério do Trabalho. 

Na última quinta-feira (23), um dia antes dos shows, funcionários de uma empresa terceirizada estavam dormindo dentro do Autódromo. A administração do Lollapalooza avisou que baniu a empresa parceira em que os trabalhadores foram explorados. 

Qual era a situação dos funcionários? 

É importante destacar que segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), os funcionários não tinham registro em carteira e não tinham autorização para voltar para casa depois do expediente. 

Além disso, os trabalhadores precisavam tomar banho em uma casa alugada pela empresa terceirizada, a Yellow Stripe. Tudo isso para receber apenas R$ 130 por dia de trabalho em uma jornada de 12 horas.

A fiscalização do ocorrido aconteceu na terça-feira (21) e, nesse mesmo dia, ocorreu a assinatura dos termos de rescisão de contrato. Todos os funcionários que estavam nessa situação vão receber seguro-desemprego e verbas rescisórias de aproximadamente R$ 10 mil, segundo informações da Folha.

O que a T4F disse sobre a situação?

Diante de toda a polêmica, a T4F enviou uma nota à imprensa, dizendo que essa denúncia foi um “caso isolado”. Além disso, a empresa responsável pela organização do evento disse que repudia a ação da terceirizada e que já terminou o contrato.

Na nota, a T4F disse que prioriza as pessoas envolvidas no Lollapalooza e que preza por condições adequadas de trabalho e, por esse motivo, exige o mesmo das prestadoras de serviço. 

Portanto, a empresa finalizou o contrato com a Yellow Stripe e se certificou de garantir os direitos dos 5 trabalhadores que estavam sob regime de trabalho análogo à escravidão. 

Apesar da gravidade do ocorrido, segundo o G1, a Yellow Stripe disse apenas que não vai mais prestar serviços ao Lollapalooza. 

Apesar de o caso ser gravíssimo, outras situações semelhantes já aconteceram. Isso porque em 2019 pessoas em situação de vulnerabilidade social também foram vistas montando as estruturas do evento por diárias de apenas R$ 50 em turnos de 12h. 

Imagem: Reprodução / Instagram (@lollapaloozabr) – Edição: Seu Crédito Digital