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Posso usar trabalho informal para me aposentar?

Trabalhar de forma informal pode trazer flexibilidade, mas é essencial entender as regras previdenciárias. Confira!

Nos últimos anos, muitos trabalhadores têm se questionado sobre a possibilidade de utilizar o trabalho informal como forma de garantir uma aposentadoria no futuro. A flexibilidade e a autonomia oferecidas por esse tipo de atividade são atrativas, mas é importante entender as limitações do sistema previdenciário antes de fazer qualquer planejamento.

O grande desafio para quem trabalha informalmente é a dificuldade de comprovar o tempo de contribuição. Sem o registro formal de vínculo empregatício, isso se torna uma tarefa mais complicada.

Portanto, embora o trabalho informal possa gerar renda, a falta de registros oficiais pode dificultar o acesso aos benefícios previdenciários.

Regularização do vínculo empregatício informal

A CLT regula a relação de emprego entre empregado e empregador. O empregador tem a obrigação de assinar a carteira do funcionário, mas se isso não acontecer, o trabalhador pode entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para obter o reconhecimento dessa relação.

Quando reconhecida a relação de emprego, o trabalhador tem direito a receber retroativamente os benefícios de um emprego regular, como 13º salário, férias remuneradas, adicionais e depósito do FGTS. Em alguns casos, também pode ter direito a verbas rescisórias, como a multa de 40% do FGTS. Além disso, é possível averbar o tempo de contribuição no INSS para garantir o direito à aposentadoria, mesmo em períodos de trabalho informal sem registro em carteira.

Contribuição individual no INSS para freelancer/autônomo

A inscrição no INSS como “contribuinte individual” é uma das alternativas essenciais para que autônomos e trabalhadores informais garantam seu direito à aposentadoria. Essa modalidade capacita esses indivíduos a contribuírem para a previdência. No entanto, é crucial que estejam cientes das regras que regem essa opção:

  • Pague suas contribuições mensais em dia para garantir sua aposentadoria;
  • Períodos sem contribuição não contam;
  • O valor do benefício previdenciário é calculado com base nas suas contribuições ao longo da vida profissional;
  • Trabalho informal exige cautela ao planejar aposentadoria e comprovar contribuições.

Outra opção viável para sair da informalidade e garantir a contribuição à previdência é se tornar um Microempreendedor Individual (MEI). Como MEI, você terá um CNPJ próprio, poderá emitir notas fiscais e acessar benefícios da Previdência Social. Para isso, é preciso:

  • Ter faturamento anual de até R$ 81 mil, ou proporcional no ano de abertura da empresa;
  • Realizar a contribuição por meio do pagamento mensal do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI);
  • Exercer de fato a MEI, realizando e comprovando atividades, a fim de garantir o direito à aposentadoria.

Imagem: Karol Moraes / Shutterstock.com