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Natal dos investimentos: tradicional alta da Bolsa pode não ocorrer

Com a aproximação do Natal, geralmente acontece a alta da Bolsa de Valores, o chamado rali da Bolsa. Entretanto, não é o que se observa até agora, faltando apenas 2 meses para as festas de fim de ano. De acordo com Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, a alta da Bolsa não deve acontecer neste ano. Confira os detalhes abaixo.

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Natal dos investimentos: tradicional alta da Bolsa pode não ocorrer

De acordo com Beyruti, “Para ser um rali de fim de ano, o Ibovespa precisaria estar acima dos 120 mil pontos. Acho difícil, porque o cenário externo segue desafiador”. Abaixo, confira a contextualização da teoria de Beyruti de que não deve ocorrer a alta da bolsa. Em suma, o economista elenca 3 fatores importantes: a inflação, o Tapering e o teto de gastos.

1 – Inflação

Nos últimos 12 meses, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, aumentou 10,25% e é uma das maiores preocupações do mercado financeiro. Inclusive, o indicador não dá sinais de melhores. Apesar da preocupação, é necessário levar em conta que a inflação causa dor de cabeça em todo o mundo.

Os investidores das bolsas do mundo todo olham com preocupação para a elevação de preços, em especial nos Estados Unidos e na China. Na China, por exemplo, a desativação de minas de carvão aumentou o preço da energia. A inflação industrial alcançou um recorde de 10,7% no mês de setembro.

2 – Tapering

Enquanto a inflação aumenta mais rápido que o esperado, o Federal Reserve pode ter que acelerar o movimento de retirada de estímulos à economia. Chamada de Tapering, a ação segura o avanço dos preços e fomenta uma tendência de valorização do dólar.

Para os países emergentes, como o Brasil, o Tapering não é a melhor notícia. A economia dos EUA deve desacelerar, e impactar o Ibovespa, que tem a sua referência em Wall Street. Outro problema para o Brasil é que o dólar deve valorizar ainda mais.

3 – Teto ameaçado

Os investidores da bolsa brasileira e os estrangeiros não gostam das incertezas no âmbito fiscal. E o Brasil é um poço de incertezas, em especial no que diz respeito ao teto de gastos. Agora, os agentes se preocupam com o financiamento do Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família.

O ministro da economia, Paulo Guedes, já disse que o governo vai poder usar R$ 30 bilhões fora do teto de gastos para bancar o programa. Ademais, outra opção seria antecipar a revisão da regra, prevista para 2026. Nenhuma das das opções agrada ao mercado financeiro.

Com a incerteza da Bolsa, o que fazer?

Alguns investidores podem olhar para a queda da Bolsa nos últimos meses, e pensar que é um bom momento para compra ações, já que o Ibovespa está mais barato. De acordo com Victor Beyruti, o melhor é “seguir com mais cautela, porque o cenário é pessimista e o rali de fim de ano pode não vir”.

Ademais, o economista recomenda evitar os setores sensíveis ao aumento da taxa Selic. Um deles é o varejo, pois quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro e o consumo não é estimulado. Diante desse cenário, as vendas desse setor tendem a desacelerar.

Por outro lado, o setor imobiliário é ainda mais sensível a elevação da Selic. Com a taxa básica de juros em trajetória de alta, financiar um imóvel fica cada vez mais caro. Por isso, o mercado costuma se antecipar aos balanços das construtoras e penalizar as ações da bolsa do setor.

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Imagem: jijomathaidesigners/shutterstock.com