Tradicional empresa com 35 anos no mercado pede recuperação judicial
Saiba o valor da dívida milionária dessa tradicional empresa que enfrenta dificuldades para se manter no mercado.
A tradicional empresa de panelas Brinox pediu recuperação judicial na última terça-feira (29) para renegociar dívidas que ultrapassam R$ 326 milhões. Apesar dos aumentos nos lucros durante a pandemia, a fabricante sediada na cidade de Caxias do Sul não está conseguindo manter as contas no azul.
A empresa alega que os motivos para o pedido de recuperação judicial são a queda nos pedidos após a pandemia de Covid-19 e os altos custos de produção. Além disso, a marca afirma que a crise no varejo também levou a empresa a buscar auxílio judicial para o pagamento de suas dívidas.
O que é recuperação judicial?
Recuperação Judicial é um processo registrado em tribunais federais que busca criar um plano de recuperação da saúde financeira da empresa. De modo simples, é um planejamento que busca evitar a falência por conta de suas dívidas. Desse modo, a companhia ganha o direito de suspender ou renegociar seus créditos com condições especiais.
Qualquer empresa que esteja passando uma crise financeira pode pedir recuperação judicial à Justiça. Entretanto, é preciso contratar um advogado para lidar com as questões jurídicas que o pedido de recuperação necessita.
Crise no varejo brasileiro
Não é só a fabricante de panelas Brinox que está passando por crises financeiras atualmente. Gigantes empresas do varejo, como Lojas Americanas e Magazine Luiza, também estão enfrentando dificuldades para manter as contas longe do vermelho.
A Americanas também pediu recuperação judicial com uma dívida de R$ 43 bilhões e que conta com mais de 16 mil credores. Já a varejista Luiza Trajano teve prejuízo no valor de R$ 391,2 milhões no primeiro trimestre de 2023.
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Mas o que explica a crise no varejo? Certamente o aumento da inflação é um fator, já que ela diminui o poder de compra dos consumidores. Além disso, a concorrência com os chamados “camelódromos digitais”, como Shopee, Shein e AliExpress, também têm sido apontada, porque essas lojas virtuais diminuem a procura pelos varejistas locais.
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