Transação fracassada da Evergrande derruba ações e preocupa mercados
Na última quinta-feira (21), uma transação fracassada da Evergrande abalou novamente o mercado financeiro. Em suma, a companhia tentou vender 50,1% de sua participação em um braço imobiliário, por meio de uma operação de mais de US$ 2 bilhões. Entretanto, a transação fracassou e isso fez com que as suas ações derretessem mais de 10%. Além disso, as bolsas internacionais tiveram uma queda importante.
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Transação fracassada da Evergrande derruba ações e preocupa mercados
Tudo isso acontece porque o movimente despertou temor de uma quebradeira geral, caso a chinesa Evergrande não consiga colocar as suas finanças em ordem. Ocorre que uma eventual falência teria impactos catastróficos sobre a economia do país.
Devido a China ser a 2ª maior economia do planeta, com transações comerciais com centenas de países, qualquer dificuldade pode se estender aos parceiros de negócios. Inclusive ao Brasil, já que a China compra aço, minério de ferro e carne, além de outras commodities.
Ademais, quando o país de Xi Jinping embarga alguns dos produtos exportados pelo Brasil, a reação é imediata:os produtores recorrem às câmaras setoriais internacionais, associações comerciais internacionais, e ao ministério de Relações Exteriores.
Em suma, isso não significa que ocorreria uma quebradeira interna, já que há uma demanda no mercado doméstico, muitas vezes preterido para que os produtos aqui produzidos sejam exportados para a Ásia. E assim, elevou o lucro do produtor e do fabricante.
Entretanto, quando o bem fica em casa, a receita do produtor e do fabricante é bem inferior para aquela levantada com parceiros comerciais internacionais. Ademais, isso também desregula a balança comercial. Por isso, a China mexe com os nervos de grande parte dos países emergentes.
Evergrande
Com relação à venda de ativos para evitar insolvência, a Evergrande disse na última quinta, que vai dar sequência às medidas para aliviar os problemas de liquidez. Entretanto, advertiu que “não há garantias de que o grupo consiga cumprir suas obrigações financeiras”.
Ademais, também relatou que o atual estado de seus negócios é desalentador, pois já vendeu somente 405 mil metros quadrados de propriedades entre os meses de setembro e outubro. Além disso, o comprador que declinou do negócio de mais de US$ 2 bilhões foi o grupo imobiliário Hopson Development Holdings (de Hong Kong).
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Imagem: estherpoon / shutterstock.com
