Vale a pena antecipar a restituição do Imposto de Renda?
A antecipação da restituição do Imposto de Renda é uma espécie de empréstimo em que são cobrados juros. Confira se vale a pena contratar.
O calendário de restituição do Imposto de Renda tem início no dia 31 de maio e segue até 29 de setembro. No entanto, podem surgir imprevistos nesse meio tempo, fazendo com que o trabalhador precise da quantia antecipadamente. Dessa forma, é possível “antecipar” o pagamento da restituição.
Assim, ao contrário do que se possa imaginar, não é possível receber o valor antes do lote previsto. Por outro lado, é possível contratar uma linha de crédito que libera exatamente a quantia que o contribuinte irá receber de restituição, antes mesmo de ele ter acesso ao valor, mas com uma taxa de juros.
Vale a pena contratar a antecipação
À vista disso, por ter uma taxa de juros menor do que as praticadas no mercado, em caso de necessidade, a modalidade de antecipação da restituição do Imposto de Renda pode ser vantajosa. Contudo, vale destacar que, quando a quantia for paga pela Receita Federal, ela será automaticamente descontada pelo banco.
No entanto, caso não haja emergência, o melhor é aguardar que a Receita Federal libere o valor, já que essa quantia é corrigida pela Selic (taxa básica de juros) e não há incidência de impostos, o que é mais vantajoso ao contribuinte.
Taxas de juros sobre a antecipação da restituição
Neste ano, as taxas de juros cobradas pelas principais instituições financeiras para a antecipação da restituição do Imposto de Renda são:
Banco | Juros cobrados | Valor limite de restituição |
Caixa Econômica Federal | A partir de 1,78% ao mês | Até 75% do valor da restituição |
Santander | A partir de 2,39% ao mês | Mínimo para contratação é de R$ 100,00 |
Banco do Brasil | A partir de 2,5% ao mês | Até R$ 20 mil |
Itaú | A partir de 2,5% ao mês | Máximo entre R$ 5 mil e R$ 10 mil |
Bradesco | A partir de 2,56% ao mês | Até R$ 50 mil |
Assim, esses juros são menores do que os cobrados nos empréstimos pessoais tradicionais que, em fevereiro, estavam em 7,66%.
Imagem: Alison Nunes Calazans/ Shutterstock