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Virginia Fonseca é incluída na lista de devedores de Londrina por dívida de mais de R$ 6 mil

A influenciadora e empresária Virgínia Fonseca teve seu nome incluído na lista de devedores da Dívida Ativa do município de Londrina, no Paraná.

O valor do débito, que ultrapassa R$ 6,5 mil, refere-se ao não pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e de outras taxas municipais de uma sala comercial localizada na cidade.

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Detalhes da dívida e tramitação judicial

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Imagem: Lula Marques / Agência Brasil

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, a dívida acumulada por Virgínia corresponde aos exercícios fiscais de 2021 a 2024. A cobrança formal foi iniciada pela Prefeitura de Londrina no início de junho de 2025, com o ajuizamento de uma ação de execução fiscal na 1ª Vara de Execuções de Londrina.

No dia 9 de junho, o pedido foi considerado legal pela Justiça paranaense, que determinou a citação judicial da influenciadora. A partir desta citação, inicia-se o prazo legal de cinco dias úteis para o pagamento integral do débito.

Caso o valor não seja quitado dentro desse prazo, a legislação prevê medidas como a penhora de bens para garantir o cumprimento da obrigação.

Qual o valor exato da dívida de Virgínia Fonseca?

O valor atualizado da dívida de Virgínia Fonseca é de R$ 6.530,06. Este montante inclui os valores originais do IPTU atrasado, acrescidos de juros, multas e correção monetária referentes ao período de inadimplência.

Os valores ainda podem sofrer atualização conforme o andamento da ação judicial, caso a dívida não seja quitada imediatamente.

Qual é o imóvel envolvido na cobrança?

Segundo os documentos anexados ao processo de execução fiscal, a dívida refere-se a uma sala comercial localizada em Londrina, cidade onde Virgínia morou por alguns anos após se mudar de sua cidade natal para alavancar a carreira como influenciadora digital.

Embora atualmente resida em Goiânia, Virgínia mantém vínculos com Londrina, o que pode justificar a manutenção de imóveis comerciais na cidade.

Histórico de Virgínia Fonseca com questões fiscais e financeiras

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Imagem: Reprodução / Instagram

Essa não é a primeira vez que o nome de Virgínia Fonseca aparece em discussões envolvendo finanças públicas. Em 2024, sua empresa WePink foi beneficiada com uma isenção tributária de R$ 4,5 milhões, por meio do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), criado para ajudar empresas afetadas pela pandemia de Covid-19.

A isenção foi concedida à empresa registrada sob a razão social Virginia Influencer Ltda, gerando críticas nas redes sociais e debates sobre o enquadramento da marca no setor de eventos.

Envolvimento na CPI das Bets

Outro episódio recente envolvendo a influenciadora ocorreu durante a CPI das Bets, comissão parlamentar de inquérito instaurada para investigar possíveis irregularidades na promoção de sites de apostas online por celebridades.

Virgínia foi convocada a depor na Câmara dos Deputados para esclarecer sua relação com plataformas como Esportes da Sorte e Blaze. Durante o depoimento, a influenciadora negou ter recebido comissões vinculadas a prejuízos de apostadores e afirmou que seus contratos previam apenas pagamento por divulgação.

Durante a CPI, Virgínia também revelou que sua empresa WePink havia alcançado um faturamento de R$ 750 milhões apenas em 2024, consolidando sua posição como uma das principais empresárias do setor de cosméticos no Brasil.

O que diz a defesa de Virgínia Fonseca?

Até o momento, Virgínia Fonseca não se manifestou publicamente sobre a dívida de IPTU em Londrina. Também não há registro de defesa protocolada no processo judicial, que segue tramitando na Justiça Estadual do Paraná.

Advogados especializados em direito tributário destacam que, caso a influenciadora decida contestar a cobrança, ela poderá apresentar defesa nos autos ou buscar um acordo de parcelamento junto à Prefeitura.

Se não houver pagamento, contestação ou parcelamento, o próximo passo será a inclusão do nome da influenciadora em cadastros de inadimplentes, além do risco de bloqueio de contas bancárias ou penhora de bens.

Como funciona a execução fiscal de IPTU?

A execução fiscal é um procedimento jurídico utilizado pelos órgãos públicos para cobrar judicialmente contribuintes inadimplentes. No caso de débitos de IPTU, a prefeitura primeiro tenta a cobrança administrativa e, se não houver pagamento, ajuíza uma ação de execução.

Após a citação, o devedor tem cinco dias úteis para pagar a dívida ou apresentar defesa, chamada de embargos à execução. Se o contribuinte não se manifestar, o juiz pode determinar a penhora de bens para garantir o crédito público.

Possíveis desdobramentos do caso

Especialistas em direito tributário avaliam que, em casos como o de Virgínia Fonseca, os desdobramentos mais comuns incluem:

  • Quitação à vista da dívida: Para evitar restrições judiciais e problemas com a Justiça.
  • Negociação de parcelamento: Caso a influenciadora prefira dividir o pagamento em várias parcelas.
  • Embargos à execução: Caso a defesa alegue que há alguma irregularidade na cobrança.
  • Penhora de bens: Se não houver pagamento ou defesa válida.

Caso a situação se agrave, a influenciadora pode ter bloqueios judiciais em contas bancárias, bloqueio de bens móveis e imóveis e restrições de crédito.

Impacto na imagem pública da influenciadora

Por ser uma figura pública com ampla exposição nas redes sociais e na televisão, casos como esse podem afetar a reputação de Virgínia Fonseca. O público costuma acompanhar de perto questões que envolvem justiça, impostos e dinheiro, principalmente quando se trata de celebridades que ostentam padrão de vida elevado.

O episódio pode gerar novos debates nas redes sociais sobre responsabilidade tributária e o papel de influenciadores digitais na gestão de seus negócios e patrimônios.

Virgínia Fonseca: carreira e negócios em ascensão

Virgínia Fonseca com uma mão na cabeça vestindo uma regata preta e acessórios
Imagem: Reprodução/Instagram @virginia

Apesar da cobrança judicial, Virgínia Fonseca segue com uma trajetória de sucesso no mundo dos negócios e da comunicação. Além de comandar marcas como a WePink e a Maria’s Baby, ela é apresentadora do programa Sabadou com Virgínia, transmitido pelo SBT, e possui mais de 53 milhões de seguidores no Instagram.

Sua capacidade de transformar influência digital em negócios lucrativos já foi tema de reportagens nacionais e internacionais. Agora, a questão fiscal se soma aos outros desafios que a influenciadora enfrenta no cenário empresarial.

Considerações finais

A cobrança de IPTU contra Virgínia Fonseca pela Prefeitura de Londrina abre um novo capítulo em sua trajetória empresarial. O caso chama atenção pela combinação de influência digital, exposição midiática e questões fiscais.

Enquanto a ação tramita na Justiça, o público aguarda um posicionamento oficial da influenciadora. Especialistas recomendam atenção ao desenrolar do processo, pois o desfecho pode ter repercussões tanto financeiras quanto reputacionais para uma das personalidades mais seguidas do país.