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WhatsApp Pay: processo vai levar quase R$ 1 bilhões de ex-executivos da Cielo

Os empresários, Paulo Rogério Caffarelli e Gustavo Henrique Santos de Souza, ex-executivos da Cielo, firmaram um acordo no processo de vazamento de informações sobre o WhastApp Pay, e vão desembolsar o valor de R$ 960 mil para Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Na época dos fatos, Caffarelli era o diretor-presidente e Souza diretor de Relação com Investidores da Cielo. Assim, com a decisão, cada um pagará a quantia de R$ 480 mil à reguladora do mercado de capitais. 

Entenda o caso de vazamento do WhatsApp Pay

No início de 2021, o WhatsApp Pay ainda estava em análise, sem data prevista para entrar em operação. E por tanto, exigia o sigilo dos envolvidos sobre o lançamento da nova ferramenta. Porém, no dia 27 de janeiro, durante uma teleconferência de resultados, o diretor-presidente da Cielo, vazou informações sobre a nova função do aplicativo, afirmando que seria lançada no primeiro semestre daquele ano.

Devido a isso, a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) entrou com um processo acusando o diretor-presidente de não guardar sigilo sobre o provável início do WhatsApp Pay. Já o diretor de Relação com Investidores, mesmo após a divulgação na teleconferência, não divulgou o fato relevante ao mercado.

Vale ressaltar que é uma informação importante divulgada pela empresa e pode gerar um impacto relevante na realidade da companhia, ademais, deve ser de conhecimento de todos os acionistas. Ou seja, o início da operação dessa atualização deveria ter sido anunciado como fato considerável, antes da teleconferência.

Comunicado ao mercado

Após ser questionada pela SEP, a Cielo emitiu um comunicado ao mercado, alegando que seus acionistas já estavam cientes sobre a nova operação que daria expansão aos negócios. Além de estarem estudando as estruturas necessárias para desenvolver a função no aplicativo. 

Como na época da teleconferência a operação ainda dependia da aprovação dos sócios e das agências de regulação, a Cielo se defendeu argumentando que não se tratava de uma hipótese de divulgação ao mercado, mas, sim, “uma mera expectativa” sobre os benefícios que a nova tecnologia traria para a empresa no futuro.

Em suma, a aplicação só foi divulgado no dia 31 de janeiro, quando a Cielo recebeu o aval do Banco Central para viabilizar a implementação das transações via WhatsApp.

Imagem: DANIEL CONSTANTE / Shutterstock.com