A Black Friday de 2023 foi um fracasso? Resultados chocam o mercado

O cenário pós-Black Friday de 2023 revela um desempenho abaixo das projeções otimistas, com uma queda significativa nas vendas. Contrariando expectativas que estimavam alta de 4% a 17%, dados recentes indicam uma retração de 15,1%. Isso totaliza cerca de R$ 3,4 bilhões em vendas no comércio eletrônico.

A análise da plataforma Hora a Hora, em parceria com a ClearSale, aponta que essa não é a maior retração de faturamento da Black Friday. Mas representa o segundo pior resultado desde o início do evento em 2010. A queda, em cima de uma diminuição em 2022, reduz ainda mais o tamanho total das vendas do segmento.

Impacto nas vendas online

A redução no volume de pedidos, que foi 14,9% menor que no ano anterior, e a perda de força no tíquete médio por compra, que atingiu R$ 675,36, indicam uma Black Friday mais tímida. Possíveis causas incluem descontos abaixo do esperado, reflexo de um estoque mais ajustado ao longo do ano e a renda da população ainda comprometida com dívidas.

Assim, apesar da queda geral, gigantes do varejo como Mercado Livre e Magazine Luiza registraram crescimento. Especialistas apontam que o recuo pode ter impactado especialmente varejistas digitais menores e setores mais dependentes de crédito.

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O desempenho da Black Friday afetou até mesmo golpistas, com uma redução de 56,4% nas tentativas de fraudes na internet em comparação com o ano anterior.

Produtos mais vendidos na Black Friday

Ferramentas, passagens aéreas e brinquedos foram as categorias mais impactadas por tentativas de fraudes. No entanto, eletrodomésticos, eletrônicos e telefonia se destacaram como os produtos mais vendidos durante o período.

Por fim, os meios de pagamento mais utilizados no e-commerce foram o cartão de crédito, representando 56,5% das transações, seguido por pagamentos via Pix (30,3%) e boleto bancário (8,2%).