Ações da Americanas desabam e registram maior queda em 15 anos

Na última quinta-feira (12), após o anúncio do rombo de R$ 20 bilhões na Americanas, as ações da companhia despencaram mais de 77%, o que corresponde a uma perda de R$ 8,37 bilhões em valor de mercado.

Segundo um levantamento realizado pelo TradeMap, foi a maior queda registrada por uma empresa desde 2008.

Ainda de acordo com a pesquisa, o rombo encontrado no balanço comercial da varejista é o equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza e das Lojas Renner. 

Diante do ocorrido, o presidente da empresa e o diretor financeiro, Sergio Rial e André Covre, renunciaram aos cargos com poucos dias de trabalho. 

Rombo de R$ 20 bilhões na Americanas

O comunicado sobre o rombo de R$ 20 bilhões foi realizado na quarta-feira (11). Conforme apontam as informações da empresa, o valor bilionário não foi registrado nos balanços de forma adequada. A quantia é referente a meses de 2022 e também a anos anteriores.

Apesar disso, não há muitas informações detalhadas que explicam a real situação da varejista. No documento, a empresa também alega que ainda não é possível saber quais os verdadeiros impactos do problema. 

Queda nas ações

Com esse cenário, na quinta-feira, as ações da companhia finalizaram o dia com uma queda de 77,33%. A última vez que empresas apresentaram resultados como esse foi há 15 anos, em 2008. 

Foi o caso da Agar Incorporadora, em outubro de 2008, que viu suas ações caírem 81,55%, e da Hércules, em setembro do mesmo ano, com queda de 78%. 

As ações da Americanas alcançaram seu pico em agosto de 2020, com um valor de R$ 122,90. Após o anúncio do rombo encontrado no balanço da empresa, passaram de R$ 12, na quarta (11), para R$ 2,72, na quinta (12).

As corretoras já passaram a mudar suas recomendações em relação às ações da companhia. A XP Investimentos colocou a recomendação em revisão e a Genial Investimentos reduziu o preço alvo das ações da Americanas.

Imagem: Jair Ferreira Belafacce/shutterstock.com