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Afinal, como a prescrição de dívida funciona?

Aprenda como funciona a prescrição de dívida e saiba quando um credor perde o direito de cobrá-la judicialmente. Evite problemas financeiros!

Quando se fala em dívidas, muitos imaginam que, após um determinado período sem pagamento ou cobrança judicial, elas simplesmente “desaparecem”. No entanto, a realidade é bastante diferente e pode trazer consequências sérias para o devedor que opta por ignorar compromissos financeiros antigos. A prescrição de uma dívida não significa o fim dos problemas para quem deve.

Primeiramente, é essencial compreender que a prescrição de uma dívida ocorre quando o credor não a cobra judicialmente dentro do prazo estabelecido por lei. Após esse período, perde-se o direito de acionar a Justiça para reivindicar tal dívida, mas isso não elimina o débito em si. O credor ainda pode tentar receber o valor devido por outras vias, embora não possa mais utilizar o poder judiciário para isso.

Quais são os efeitos da dívida prescrita na vida do devedor?

Mesmo que uma dívida tenha prescrito, isto é, o credor não possa mais demandar o pagamento por ação judicial, isso não significa que o devedor está “livre”. Seu nome pode continuar constando nas listas de inadimplentes de bancos e empresas. Um exemplo claro é o Sistema de Informações de Créditos (SCR), gerido pelo Banco Central, que pode restringir significativamente o acesso a serviços financeiros fundamentais.

Mulher preocupada levando mão a cabeça enquanto observa dívidas na mesa
Imagem: Chaay_Tee/ Shutterstock.com

Essa limitação inclui dificuldades em obter empréstimos, financiamentos imobiliários e aprovação para cartões de crédito, afetando diretamente a capacidade de planejamento e execução de projetos de vida importantes. Assim, a mancha na reputação financeira pode custar muito mais caro do que o valor original da dívida.

Por que negociar é a melhor opção?

A negociação surge como uma luz no fim do túnel para quem se encontra nessa situação. Buscar um acordo com o credor para quitar ou renegociar a dívida pode ser a chave para restaurar a saúde financeira e evitar maiores dores de cabeça no futuro. Além disso, a partir do momento que um acordo é estabelecido e o pagamento das parcelas está em dia, o nome do devedor começa a ser limpo, abrindo portas para novas possibilidades no mercado financeiro.

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Como negociar uma dívida prescrita?

  1. Reconhecimento do débito: O primeiro passo é reconhecer a existência da dívida e a necessidade de quitação.
  2. Contato com o credor: Busque o credor para discutir possíveis acordos. Muitas empresas estão abertas à negociação para recuperar valores devidos.
  3. Análise das condições: Avalie as condições oferecidas cuidadosamente. Propostas de parcelamento devem caber no seu orçamento para não comprometer sua saúde financeira novamente.
  4. Acordo formalizado: Certifique-se de que todas as condições do acordo estejam claras e formalizadas, evitando possíveis mal-entendidos.

Em suma, ignorar uma dívida prescrita pode ser uma estratégia arriscada, que traz mais prejuízos do que benefícios a longo prazo. Por isso, a proatividade na negociação de débitos em aberto é sempre a decisão mais acertada, permitindo ao devedor retomar o controle de sua vida financeira e reconstruir um futuro com mais segurança e menos preocupações.

Imagem: fizkes/ Shutterstock.com