Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Com a alta dos juros no rotativo do cartão, quais cuidados você deve ter?

O planejamento dos gastos é o ponto de partida para evitar os juros rotativos.

No mês de setembro, o Banco Central anunciou o aumento do juro cobrado pelos bancos no crédito rotativo. Diante disso, a taxa subiu de 331,5% para 336,1% ao ano. Assim, quem tem o hábito de usar o cartão de crédito para fazer compras, precisa ter cuidado para não pagar apenas o valor mínimo da fatura. Abaixo, confira algumas dicas e cuidados que você deve ter.

O que é o crédito rotativo do cartão?

Alta dos juros no rotativo do cartão

Segundo o professor do MBA de Finanças e Controle da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Leão Bispo, apesar de o rotativo ser uma opção, é bom evitar usar o mesmo. “Quando você entra no rotativo, dificilmente vai sair. É uma alternativa se você não tiver o dinheiro? Sim, mas o que você paga de juros é exorbitante. O melhor é usar o crédito de maneira consciente e não precisar se endividar”.

Além disso, Bispo cita que o crédito só vale a pena se você pagar a fatura integralmente no momento do vencimento, e que ele deve usar usado como um instrumento que permita antecipar compras. Entretanto, você precisa ter certeza de que vai poder pagar pela compra. “Você recebe todo dia 5, mas isso quer dizer que no dia 20 você não pode ir ao cinema? Não. O cartão é justamente para isso: te dar o poder de comprar coisas no momento que você não tem o dinheiro”, completa.

Enquanto isso, a coordenadora de Produtos de Meios de Pagamento do Inter, Ana Amélia Dias, diz que entrar no rotativo é uma saída à inadimplência. Ao pagar a fatura mínima, o cliente fica isento de cobranças que acontecem caso nem o mínimo seja pago, como a taxa de multa e o juro de mora.

“O que a pessoa tem de estar atenta é na capacidade de pagamento mensal dela. Uma vez no rotativo, ela cria uma certa obrigação com o banco e ela precisa avaliar se nos próximos meses terá condições para assumir a dívida, o que inclui o valor do que faltou, os juros e a nova fatura”, explica Dias.

Quais cuidados você deve ter?

De acordo com Bispo, “Planejar é sempre a resposta”. O planejamento dos gastos é o ponto de partida para evitar os juros rotativos. Por isso, é fundamental se organizar para gastar menos do que ganha. Além disso, o cuidado com o que você vai consumir é outro ponto que merece atenção. “Muitas vezes o consumidor usa o cartão e gasta dez reais, mas se ele não tivesse o cartão, gastaria sete. Esse gasto a mais não precisa ser feito”, alerta o especialista.

Sendo assim, o ideal é sempre comprar no valor acessível ao bolso. É dito isso, pois o gasto terá que ser pago lá na frente. Inclusive, a dica é reforçada por Ana Amélia Dias. “Não tem segredo. É estar atento às entradas financeiras e às saídas. Não dá pra saídas serem maiores que as entradas, fora o que devemos considerar para os investimentos”.

Para quem gosta de parcelar compras, o planejamento é importante. Ao fazer uma compra de R$ 2 mil, e parcelar o valor em 10 vezes, o consumidor compromete R$ 200 do orçamento, por 10 meses. Esse débito precisa ser considerado na hora de fazer outras compras no cartão, de forma a evitar os juros rotativos depois.

Por fim, para se organizar, vale tudo! Anote no caderno, crie uma planilha, ou use aplicativos focados no controle financeiro. O importante é pensar antes de gastar. “Tem que saber aproveitar as oportunidades. Quem faz o dinheiro valer mais é o consumidor. Tudo é planejamento e cada um tem que fazer dentro da sua condição”, finaliza Bispo.

Enfim, quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo das finanças?

Então nos siga no canal do YouTube e em nossas redes sociais, como o FacebookTwitterTwitch e Instagram. Assim, você vai acompanhar tudo sobre bancos digitais, cartões de créditoempréstimosfintechs e matérias relacionadas ao mundo das finanças.

Imagem: tommaso79 / Shutterstock.com