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Real desvalorizado e estoque em baixa mantêm os preços elevados

O câmbio e a cotação do petróleo no mercado internacional não devem dar sossego para a economia do Brasil nos próximos meses. Inclusive, devem continuar pressionando os preços dos combustíveis. A estimativa é que as ofertas de petróleo e de derivados como a gasolina sigam descoladas da demanda. Dessa forma, com mais compradores do que vendedores, e também com a moeda americana valorizada em relação ao real, a expectativa é que sigam os preços elevados nos postos.

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Estoques em baixa e real fraco mantêm alta de preços

Comercializado a mais de US$ 80, o barril do petróleo do tipo Brent, negociado em Londres, ficou 60% mais caro em 2021. Inclusive, o valor mais do que dobrou nos últimos 12 meses. No Brasil, a política da Petrobras é a de repassar para os seus preços as alterações externas. Diante disso, a gasolina já acumula uma alta de 73% no ano, enquanto o óleo diesel já foi reajustado em 66%, e com isso, o consumidor encontra, a cada vez que vai ao posto, preços elevados.

De acordo com importadores, ainda há uma defasagem entre os valores cobrados pela estatal, e os preços negociados nos principais centros de comercialização do mundo. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula uma diferença, na média dos portos nacionais, de 11% para a gasolina e de 13% para o óleo diesel.

Diante da defasagem entre os preços internos cobrados pela Petrobras e os negociados no mercado internacional, os especialistas dizem que não haveria espaço para os importadores competirem com a estatal no mercado interno de combustíveis. Segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Luciano Losekann, especialista na área de petróleo e gás natural:

“Os principais determinantes dos preços no Brasil – preço internacional do petróleo e dólar – continuam pressionando para altas. A defasagem já está significativa. Para os próximos meses, o preço internacional tende a ficar mais elevado, pois os estoques estão baixos e a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) está com condições de controlar a oferta. Pelo lado do câmbio, a situação atual não indica alívio”.

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Imagem: SofikoS / shutterstock.com