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América Latina pode ficar para trás neste importante quesito: saiba o que é

Nesse fim de semana, uma importante entidade mundial fez deu um aviso aos países da América Latina. Entenda.

O uso de energias limpas que ajudam a preservar a atmosfera é uma tendência nos mercados dos mais diversos segmentos ao redor do mundo. Um dos setores que está aderindo a essa prática é o de aviação, com o uso dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês).

Nos últimos meses, companhias aéreas do mundo todo se esforçaram para introduzir o abastecimento de aeronaves com substâncias menos prejudiciais ao meio ambiente. No entanto, nem todos estão engajados nesse projeto.

Na última semana, a LATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) deu um aviso importante para todos os países na América Latina. Veja a seguir.

América Latina está atrasada

O tema dos combustíveis sustentáveis foi trazido no último domingo (4), pelo vice-presidente regional da LATA para as Américas, Peter Cerda. Ao longo da abertura da assembleia geral anual da entidade, em Istambul, o executivo apontou a falta de investimento dos países da América Latina no SAF.

De acordo com ele, esse cenário está prejudicando o objetivo regional de zerar as emissões de carbono. Cerda defendeu a importância do uso da substância para as operações de aviação e ainda sinalizou o risco que a região corre de ficar para trás em relação ao resto do mundo.

Ele ainda explicou que, se essa situação não se alterar, os aviões que pousarem nas Américas podem estar usando o SAF, mas terão que decolar com combustível convencional.

Potencial não aproveitado

Ainda de acordo com o vice-presidente da LATA, os países da América Latina têm um dos maiores potenciais de produção de combustível sustentável no mundo. Essa condição se dá por causa da posição geográfica privilegiada e de uma abundância de recursos naturais.

No entanto, Cerda afirmou que os governantes da região estão “longe de entenderem a importância de implementar um regime regulatório adequado que incentivará o setor privado a investir no SAF”.

Uma pesquisa de 2022, conduzida pelo Roundtable on Sustainable Materials (RSB), em conjunto com a Boeing, apontou essa falta de investimento. De acordo com o estudo, o Brasil, por exemplo, poderia produzir até 9 bilhões de litros de SAF por ano, o que seria 25% a mais do que a produção de combustíveis fósseis no país.

Imagem: Rocha Ribeiro / Shutterstock.com