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Americanas enviou alertas de riscos financeiros antes de rombo bilionário ser divulgado

Americanas enviou alertas de riscos financeiros antes de rombo bilionário ser divulgado pela empresa. Entenda o caso!

Antes de anunciar rombo nas suas contas, Americanas havia emitido sinal de alerta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.

No dia 11 de janeiro, a Americanas anunciou que encontrou uma inconsistência contábil no seu balanço de 20 bilhões de reais. Entretanto, na sexta-feira (13), os valores chegaram a R$ 40 bilhões. 

De acordo com as normas vigentes, as empresas listadas na B3 precisam informar à CVM os riscos que podem atingir suas operações financeiras. Contudo, no dia 2 de janeiro, a empresa chegou a entregar formulários que indicavam os perigos. 

Americanas já havia avisado sobre riscos nas operações

Os documentos foram obtidos pelo Radar Econômico e mostram a preocupação da instituição com a quantidade de alavancagem necessária para manter as atividades da empresa. 

Segundo os formulário, a empresa depende de financiamentos externos, negócios no mercado de ações e de refinanciamentos dos créditos para manter as operações.

Ademais, a companhia também alertou que, caso aumentasse a quantidade de alavancagem, isso poderia ocasionar prejuízos, como a diminuição substancial de valor de caixa destinado ao capital de giro.

Além disso, caso a Americanas não consiga levantar valores através desses métodos, a empresa pode não conseguir operar os seus serviços financeiros.

Diante desse cenário pouco favorável, as ações da varejista voltaram a cair nesta segunda-feira (16). Dessa vez, a queda no pregão foi de 40%. Além disso, a Americanas entrou com uma liminar na Justiça para impedir cobranças pelo período de 30 dias.

Assim, o recurso garante que a empresa não seja alvo de bloqueio, sequestros e penhoras de bens pelos seus credores pelos próximos 30 dias. 

Repercussão do mercado

Alguns credores não estão satisfeitos com a liminar concedida à Americanas. Inclusive, o Banco BTG, um dos acionistas da companhia, entrou com um recurso contra a medida no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro. 

Entretanto, a solicitação foi negada pelo TJ, sendo que, atualmente, a instituição tem que receber R$ 1,2 bilhão da varejista.

Imagem: Jair Ferreira Belafacce/shutterstock.com