Apoiador de Bolsonaro, pastor André Valadão tem dívida de R$ 2 milhões com a União
O pastor André Valadão, da Igreja Batista Lagoinha, de Belo Horizonte (MG), que atualmente mora em Orlando nos EUA e que recentemente foi desmascarado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após mentir em vídeo de “retratação” ao candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais, deve pelo menos R$ 2 milhões à União Federal.
Dívida milionária
De acordo com informações do portal Regularize, responsável por emitir a lista de devedores à União Federal, o Ministério André Valadão, nome fantasia da empresa de “produção musical” Amando Vidas Eventos Ltda, possui uma dívida ativa de R$ 2.061.259,23.
Assim, a maioria dos débitos – R$ 1.885.982,51 – são tributários, isto é, referente a impostos devidos pelo pastor ao governo federal. Contudo, há outros R$ 175.276,72 em dívidas previdenciárias.
Vídeo de retratação fake
Na última quinta-feira (20), André Valadão assumiu que mentiu ao dizer que havia recebido uma “intimação” de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a se retratar por ter afirmado, entre outras coisas, que Lula seria “a favor do aborto, das drogas e da liberação de pequenos furtos”.
Dessa forma, no vídeo, André Valadão, apoiador de Bolsonaro (PL) fala com um fundo preto, com uma música dramática como tema de fundo. E assim, tenta passar a impressão de que estaria sendo censurado pela Justiça Eleitoral.
Citação
Todavia, de acordo com o TSE, o pastor mineiro foi somente citado no dia 6 de outubro para ter conhecimento do processo e apresentar sua defesa. Assim, quando essa defesa for apresentada, a ministra Maria Claudia Bucchianeri, relatora do caso, deverá julgar e proferir sentença, podendo ou não solicitar a retratação. Portanto, o pastor mentiu ao dar a entender que foi obrigado pelo tribunal a se retratar.
Diante da repercussão e exposição da mentira, Valadão fez uma nova publicação, na última quinta-feira (2). Apresentando o processo movido pela coligação de Lula e o trecho em que é citado para oferecer resposta no prazo de um dia. Portanto, apresentar sua defesa para que a ministra relatora julgue o caso.
“A fim de que o pedido perdesse o objeto, para que não houvesse invasão ao meu perfil, sob o manto de um pseudo direito de resposta, gravei o vídeo em sentido contrário ao inicialmente feito”, escreveu André Valadão, assim, admitindo que tentou driblar a Justiça Eleitoral ao antecipar uma retratação que ainda não havia sido julgada.
