Assim como Lula, Bolsonaro também já foi preso; entenda o caso
Em meio a disputa presidencial, crescem as pesquisas por “Bolsonaro já foi preso?” no Google. Eleitores buscam esclarecer se o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que constantemente levanta pauta da prisão do ex-presidente e seu adversário Lula (PT), teria sido presidiário no passado.
Segundo informações presentes no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, Bolsonaro foi preso pelo período de 15 dias no ano de 1986.
Bolsonaro foi preso em 1986 por infringir regulamento disciplinar do exército
De acordo com os documentos, Jair Bolsonaro servia como capitão no 8° Grupo de Artilharia de Campanha em 1986, quando aos 31 anos escreveu, sem consulta de superiores, um artigo para a revista Veja solicitando aumento salarial para a tropa.
Bolsonaro foi preso durante 15 dias por “ter ferido a ética, gerando clima de inquietação na organização militar” e “por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial, comprometendo a disciplina”, afirma matéria de 2017 da Folha com informações dos documentos do STM (Superior Tribunal Militar).
Acusação de terrorismo dentro do exército
No ano seguinte, a revista Veja noticiou outra ocorrência indisciplinar do agora presidente. De acordo com a revista, Bolsonaro esteve envolvido em plano que tinha como objetivo usar bombas para causar explosões nas unidades da Vila Militar da AMAN.
A revista atribui ao capitão o desenho divulgado de um croqui que detalha o funcionamento da carga de dinamite. Apesar disso, é falsa a informação de que Jair Bolsonaro foi expulso do exército e preso por terrorismo.
Na época, mesmo com testemunhas e provas documentais, Bolsonaro e os outros nomes envolvidos, general Leônidas Pires Gonçalves e o capitão Fábio Passos da Silva, veementemente negaram as acusações. A decisão do Supremo Tribunal Militar (STM) em 1988 foi de que os envolvidos no julgamento não fossem excluídos do Exército.
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