Auxílio Brasil: 13 estados têm mais beneficiários do programa do que trabalhadores com carteira assinada
Os estados encontram-se nas regiões Norte e Nordeste.
Em março deste ano, quase metade dos estados brasileiros tinha mais beneficiários do Auxílio Brasil do que trabalhadores com carteira assinada.
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Segundo levantamento do g1, baseado nos números do Auxílio Brasil disponibilizados pelo Ministério da Cidadania e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência, o número de famílias que vivem da quantia do programa social é maior que a quantidade de famílias que vivem da renda gerada por vínculo CLT, em 13 estados.
Desses 13 estados, nove estão localizados no Nordeste e quatro na região Norte.
Beneficiários do Auxílio Brasil x estoque de empregos formais
Confira os 13 estados em que há mais beneficiários do Auxílio Brasil do que empregos com carteira assinada
Estado |
Número de beneficiários do Auxílio Brasil | Estoque de empregos formais |
Acre |
111.112 | 88.502 |
Alagoas |
483.586 | 364.612 |
Amapá |
98.843 | 72.200 |
Amazonas |
482.539 | 449.957 |
Bahia |
2.240.774 | 1.828.484 |
Ceará |
1.311.545 | 1.200.630 |
Maranhão |
1.107.306 |
530.895 |
Pará | 1.157.016 |
824.310 |
Paraíba | 620.775 |
432.229 |
Pernambuco | 1.442.493 |
1.286.945 |
Piauí | 544.945 |
303.071 |
Rio Grande do Norte | 443.398 |
437.500 |
Sergipe | 353.261 |
281.676 |
Para o economista pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-doutor em economia pela University of Georgia (EUA), Ecio Costa, os números destacam que quanto maior a precariedade do mercado de trabalho, maior a dependência do programa social.
“É reflexo da pobreza, do desemprego e da informalidade nas regiões Norte e Nordeste, indicando alta dependência do dinheiro público e necessidade de políticas de desenvolvimento econômico regional”, afirmou o economista ao g1.
Fila para receber o Auxílio Brasil
Um estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), afirma que a fila das famílias que aguardam para receber o Auxílio Brasil, que, segundo o Ministério da Cidadania, havia sido “zerada” no começo do ano, voltou a crescer. Mais de 1.050.295 famílias que cumprem os requisitos para tornarem-se beneficiárias do programa, não tiveram acesso a ele em fevereiro de 2022.
Chamada de demanda reprimida, o número de famílias à espera do benefício mais que dobrou em relação a janeiro do mesmo ano, quando aguardavam na fila 432.421. Esse número leva em conta aqueles que se encontram inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
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Imagem: rafapress / Shutterstock.com