BC admite que inflação vai ultrapassar a meta; estimativa é de 8,5%
O Banco Central diz que com certeza a inflação vai ultrapassar o teto da meta.
Nesta quinta-feira (30), o Banco Central (BC) informou que subiu de 5,8% para 8,5% a sua estimativa de inflação para 2021, segundo o IPCA. A estimativa, que consta no relatório de inflação do 3º trimestre deste ano, leva em conta a trajetória projetada pelo mercado financeiro para a taxa de juros e de câmbio em 2021 e 2022.
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BC admite que inflação vai ultrapassar a meta
Em suma, o BC disse que a chance da inflação superar o teto da meta de 5,25% para este ano passou de 74%, em junho de 2021, para 100% no documento divulgado. Dessa forma, o BC admitiu, pela 1ª vez, que a meta não deve ser cumprida em 2021.
Quando isso acontece, o BC precisa escrever uma carta pública na qual explica as razões. Vale ressaltar que o centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no Brasil, vai ser considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Ou seja, a projeção do BC está bem acima do teto da meta.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é quem determina a meta da inflação. Para chegar até ela, o BC aumenta ou reduz a taxa básica de juros da economia – a taxa Selic. De acordo com o BC, o aumento da inflação em 2021 é resultado:
- Do forte aumento dos preços de “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, tais como os alimentos, os minérios e o petróleo, que impulsiona o preço dos combustíveis);
Da crise energética, devido a seus efeitos nas bandeiras tarifárias, o que levou a uma nova onda de choque de custos na economia;
Da recuperação da atividade econômica, com a aceleração da vacinação atuando para reduzir a incerteza e estimular a demanda por serviços.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com