Inflação para as famílias mais pobres passa de 10% nos últimos 12 meses
O percentual é de 0,96% pontos acima do IPCA, que mede a inflação oficial
O elevado aumento dos preços colocou o Brasil em 3º lugar no ranking de inflação da América Latina. Dessa forma, o país fica atrás somente da Argentina e do Haiti. Atualmente, esses países enfrentam uma dura e persiste crise econômica, além de uma ebulição política e social marcada pelos desastres naturais. E como já se era de esperar, as famílias mais pobres são as que mais sofrem no Brasil. De acordo com o Ipea, a inflação medida para essa faixa de renda foi de 10,63% no acumulado de 12 meses, até agosto.
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Inflação para as famílias mais pobres passa de 10% nos últimos 12 meses
Em suma, o percentual é de 0,96% ponto percentual acima do IPCA, que mede a inflação oficial, e foi de 9,68% no período. Segundo o Ipea, a taxa para os mais ricos no acumulado de 12 meses até agosto, chegou a 8,04%. Isso corresponde a um patamar 2,59 pontos percentuais menor do que as famílias com menos recursos financeiros.
O Ipea entende como família de renda muito baixa, aquela que ganha menos de R$ 1.808,79 por mês. Já os domicílios com mais de R$ 17.764,49 são classificados como “renda alta”. Abaixo, é possível acompanhar a tabela de faixa de renda que o Ipea considera.
No acumulado em 12 meses, apesar da alta inflacionária, a taxa de inflação das famílias de renda muito baixa (10,6%), se mantém em patamar acima da observada na faixa de renda alta (8%). Para o segmento de renda mais baixa, a alta segue refletindo as variações de 16,6% dos alimentos no domicílio. Além de 21,1% da energia elétrica, de 31,7% do gás de botijão, e de 5,6% dos mecanismos em 12 meses.
Por outro lado, para as famílias de renda alta, além do aumento de 41,3% dos combustíveis, houve uma elevação de 30,2% das passagens aéreas, e de 12,4% dos aparelhos eletroeletrônicos.
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Imagem: David Pereiras / shutterstock.com
