Bolsonaro publica vídeo questionando vitória de Lula, mas deleta em seguida
A publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro acontece apenas dois dias após grupos bolsonaristas atacarem as sedes dos Três Poderes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um vídeo em sua rede social questionando a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro, ainda, fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TRE).
A publicação realizada nesta terça-feira (10) acontece apenas dois dias após os grupos bolsonaristas destruírem as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Contudo, o vídeo não permaneceu nas redes sociais do ex-presidente por muito tempo. Bolsonaro excluiu a publicação cerca de três horas após compartilhá-la no Facebook.
Vídeo mostra procurador afirmando que vitória de Lula foi fraudada
O vídeo compartilhado por Bolsonaro (2019-2022) mostra o procurador do Mato Grosso do Sul, Felipe Gimenez, afirmando que a vitória de Lula foi fraudada.
De acordo com o procurador, “Lula não foi eleito pelo povo brasileiro. Lula foi escolhido pelo serviço eleitoral, pelos ministros do STF e pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral”.
Junto ao vídeo, Bolsonaro escreveu a seguinte legenda: “Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”. Após a repercussão da postagem do ex-presidente, o vídeo foi excluído do Facebook.
A publicação de Bolsonaro acontece em meio a ameaças de um novo ataque de grupos bolsonaristas em Brasília.
Ministério Público de Contas pediu o bloqueio de bens de Bolsonaro
O Ministério Público de Contas pediu o bloqueio de bens do ex-presidente, devido aos ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal neste domingo (8).
Além de Bolsonaro, o MP de Contas também pediu pela indisponibilidade dos bens do governador do Distrito Federal afastado, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
De acordo com o pedido do sub-Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, o pedido tem como objetivo responsabilizar os financiadores dos ataques golpistas e arcar com os prejuízos da destruição.
Imagem: Antonio Scorza / Shutterstock