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Bradesco faz apelo a Alexandre de Moraes

O Bradesco solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que reconsidere um despacho expedido por ele. Confira!

Após o rombo no valor de R$ 40 bilhões das Lojas Americanas vir à tona, seus credores têm tentado de todas as formas reaver seu dinheiro, o que tem sido dificultado pela companhia.

Assim, o Bradesco, um dos mais prejudicados com a atual situação da empresa, na última sexta-feira (17), solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que rejeite o recurso da Americanas contra a busca e apreensão dos e-mails enviados entre os advogados da companhia e a diretoria jurídica da companhia.

Pois, na quinta-feira (16), Moraes suspendeu a medida cautelar solicitada pelo Bradesco, onde era autorizada a busca e apreensão da troca de mensagem entre diretores, membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria das Americanas dos últimos 10 anos, com o intuito de averiguar os motivos do rombo bilionário.

Petição

No entanto, os advogados da Americanas alegaram a Moraes que caso a operação fosse autorizada, a medida poderia “atropelar” o direito ao sigilo, garantido por lei. Em contrapartida, o Bradesco afirmou em sua petição ao STF que a medida é necessária “para descortinar de uma vez por todas o vil oportunismo que marca os pedidos” da Americanas no processo.

“É necessário principiar esta reclamação esclarecendo que nem o Bradesco, nem os outros credores que litigam com a Americanas, nem ninguém jamais teve qualquer interesse em acessar os e-mails trocados entre os reclamantes e os executivos da sua cliente, seja para ter acesso às ‘estratégias processuais’, aos ‘inúmeros e-mails trocados pelos advogados [i.e., os reclamantes] e o Grupo’, ou para o que for”, argumentou o Bradesco no pedido a Moraes.

Dívida bilionária

Segundo a lista de credores informada pela Americanas no processo de recuperação judicial, a dívida da companhia com os bancos chega a R$ 23,8 bilhões. Desse total, o maior credor é o Bradesco, com uma dívida no valor de R$ 4,8 bilhões, correspondendo a uma dívida de US$ 55,4 milhões mais um crédito de R$ 4,5 bilhões. No entanto, recentemente a companhia atualizou o total, que agora chega a R$ 5,2 bilhões.

*Com informações do Estadão.

Imagem: SERGIO V S RANGEL / shutterstock.com