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Brasil tem 500 mil novos empregos, mas número de desocupados aumenta; saiba o motivo

Embora o país tenha gerado meio milhão de empregos em 2023, o número de pessoas desocupadas aumentou. Saiba o que explica essa divergência!

O Brasil gerou 526.173 empregos com carteira assinada nos primeiros três meses de 2023, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo é a diferença entre o número de contratações e o de demissões registradas no mesmo período.

No entanto, ao mesmo tempo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a quantidade de pessoas desocupadas no país cresceu 10% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os últimos três meses de 2022.

A seguir, entenda como os dois números, apesar de serem opostos, podem refletir a situação atual do emprego no Brasil.

Novos empregos x desocupação: como entender os resultados?

Em primeiro lugar, é necessário considerar que os dados sobre geração de empregos divulgados pelo MTE são baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O registro considera apenas as ocupações com carteira assinada, isto é, exclui o setor informal.

Já os dados do IBGE são divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Esse levantamento, realizado por meio de pesquisa domiciliar, ao contrário do Caged, leva em consideração os trabalhadores informais.

Nesse sentido, com a diferença entre os dados analisados em cada pesquisa, uma comparação direta entre os resultados se torna incompatível, já que os números refletem a situação do emprego com focos distintos.

Números podem indicar movimento natural

Após a divulgação da Pnad, o IBGE informou que o número de trabalhadores com carteira assinada no Brasil permaneceu estável ao longo do trimestre. Desse modo, o aumento de pessoas desocupadas está relacionado a uma diminuição de empregos sem carteira, tanto no setor público quanto no privado.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do instituto, Adriana Beringuy, informou ao g1 que esse é um movimento comum nos primeiros trimestres de todo ano. A exceção foi 2022, quando o início da recuperação pós-pandemia elevou a taxa de ocupação no período.

“Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, explicou.

Imagem: blvdone / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital