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Brasileiros estão socorrendo empresas após quebra do SVB

A fintech brasileira, Brex, fez uma corrida contra o tempo para se tornar uma opção de empréstimo de dinheiro para as startups atingidas pela crise no Silicon Valley Bank (SVB). O CEO da empresa, Henrique Dubugras, passou os últimos dias manejando suas operações, já que a fintech trabalha principalmente com cartão de crédito corporativo.

Além disso, a empresa instalada em São Francisco, comunicou no final da semana passada, que já recebeu mais de US$1 bilhão em pedidos de empréstimos em caráter de emergência. Em entrevista à Forbes, Dubugras afirmou que a empresa está no processo de garantir os credores e de definir o valor das taxas.

Empréstimo de emergência para os clientes do SVB

Assim, Dubugras salienta que a mudança das atividades da fintech – de cartão de crédito corporativo para empréstimo -, será temporária neste primeiro momento. A intenção, segundo ele, é auxiliar as startups a pagarem a folha salarial desta semana.

“Vemos isso como um momento único, em que estamos posicionados de maneira a poder ajudar”, disse o CEO.

Muitos credores do SVB têm capital, mas não conseguem operar os milhares de empréstimos. Ele afirma que as empresas que pediram US$1 bilhão em empréstimos até agora, têm cerca de US$10 bilhões vinculados ao SVB.

Ademais, as contas do banco do Vale do Silício foram congeladas na semana passada pela Federal Insurance Deposit Corporation (FIDC), causando a crise nos negócios de capital de risco e angústia para as startups, que têm a maioria do seu dinheiro investido no SVB.

Crise no SVB impacta empresas de tecnologia e de outros setores

Desse modo, as manobras arriscadas, realizadas após o anúncio de falência e o congelamento das contas, fez o SVB entrar em crise e abalar a área da tecnologia, já que a maioria das startups dependiam dos investimentos do banco para arcar com seus compromissos financeiros.

De forma inesperada as empresas, se viram sem poder pagar a folha salarial e também não podendo cumprir com os pagamentos já agendados. Além das startups, empresas de outros setores, como escolas e vinícolas, também procuraram os investimentos de capital de risco do SVB, e hoje sentem a crise em suas empresas.

No entanto, a ajuda emergencial oferecida pela fintech brasileira também está sendo ofertada por outras empresas de capital de risco. Um investidor disse à Forbes que, “a linha de emergência da Brex é uma opção popular agora. Empresas de capital de risco estão considerando pegar o dinheiro pessoalmente ou como uma empresa”. Apesar da atual popularidade, muitos não se sentem seguros com a Brex.

Imagem: July Ko / Shutterstock.com- Edição: Equipe Seu Crédito Digital.