Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Britânia é condenada a pagar R$ 50 MIL para funcionária demitida por não apoiar Bolsonaro

A Justiça entendeu que a Britânia deve indenizar uma ex-funcionária em R$ 50 mil; confira os detalhes deste caso.

A Britânia, renomada empresa de eletrodomésticos com sede em Curitiba, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 50 mil a uma ex-funcionária. Ela foi demitida após expressar críticas ao apoio da empresa ao político Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022. 

A decisão foi proferida em um julgamento realizado no dia 14 de dezembro pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. Segundo o tribunal, o presidente da empresa promovia sua posição política ao visitar os setores, criando um ambiente propício ao assédio eleitoral. 

Ambiente político na Britânia gera condenação e recurso

Britânia abre vagas de emprego em vários estados: veja como se candidatar!

Meios de comunicação internos foram utilizados para divulgar a imagem de Bolsonaro, incluindo a distribuição de camisetas da Havan em tons verde e amarelo. Portanto, a Britânia foi acusada de criar um ambiente de trabalho enviesado politicamente.

A empresa anunciou sua intenção de recorrer da decisão, enfatizando seu compromisso com o bem-estar da equipe. Sendo assim, alegou que a demissão da funcionária ocorreu devido a manifestações nas redes sociais em desacordo com o código de ética da empresa. 

No entanto, a ex-funcionária, após uma semana de home office, postou nas redes sociais que fora do ambiente de trabalho não precisaria usar a camiseta com referências a Bolsonaro. Ademais, menos de uma semana depois, foi demitida por justa causa, sob a alegação de difamação da empresa.

Justiça reverte demissão por justa

A desembargadora Cláudia Cristina Pereira, relatora do caso, destacou que a trabalhadora, com oito anos de serviço sem histórico de faltas, agiu em autodefesa diante da imposição de usar a camiseta vinculada a uma campanha eleitoral. Portanto, ela afirmou que a empresa agiu com excesso de rigor, revertendo a demissão por justa causa para demissão “sem justa causa”.

Veja também: Procurador do Ministério Público com salário de R$ 48 mil alega estar falido há 16 anos

Por fim, a relatora enfatizou a importância da proporcionalidade e gradação nas medidas disciplinares, considerando a conduta da empresa como desproporcional e excessivamente rigorosa, possivelmente retaliativa diante do contexto de assédio eleitoral.

Imagem: Divulgação/Britânia