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BS2, Rendimento e fintechs são alvo da Polícia Federal sobre movimentação de R$ 7,5 bi

A Polícia Federal lançou a operação “Concierge” para investigar os bancos e fintechs por envolvimento em um esquema de movimentação de R$ 7,5 bilhões

Na última quarta-feira (28), a Polícia Federal desencadeou a operação “Concierge”, visando uma série de e fintechs suspeitas de envolvimento em um esquema de movimentação de R$ 7,5 bilhões. A operação se concentra nos bancos BS2 e Rendimento, além das fintechs T10bank e InoveBanco, também conhecidas como I9 pay.

A investigação revela um suposto esquema que permitia a movimentação de grandes quantias através de contas clandestinas, muitas vezes usadas para atividades ilícitas e lavagem de dinheiro. Veja mais detalhes da operação!

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Contexto da Operação “Concierge”

A Operação

A Polícia Federal deflagrou a operação “Concierge” com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que teria criado um complexo esquema de contas financeiras ocultas. Segundo fontes da investigação, os bancos BS2 e Rendimento atuariam como “hospedeiros” de contas bolsões abertas por fintechs não autorizadas, T10bank e InoveBanco.

O Papel das Fintechs

De acordo com a PF, as fintechs T10bank e InoveBanco, que possuem sede em Campinas, SP, operavam sem autorização do Banco Central. Essas fintechs teriam sido responsáveis pela abertura das contas em questão, que eram usadas para transações ocultas dentro do bancário oficial. As contas eram descritas como “invisíveis” e protegidas contra ordens de bloqueio e rastreamento.

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Imagem: Wright Studio / shutterstock.com

Detalhes das Acusações

Funcionamento das Contas Clandestinas

As contas abertas por T10bank e InoveBanco eram utilizadas para diversas finalidades ilícitas, incluindo transações por facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias. A PF revelou que essas contas não tinham entre remetentes e destinatários, nem ligação direta com os bancos de hospedagem, o que facilitava o sigilo e a proteção das transações realizadas.

Uso de Máquinas de Cartão de Crédito

Outro aspecto do esquema investigado envolve o uso de máquinas de crédito em nome de empresas de fachada. Essas máquinas permitiam a realização de de forma encoberta, facilitando a lavagem de dinheiro e o de atos ilícitos sem o devido rastreamento.

Respostas das Instituições Envolvidas

Banco BS2

O Banco BS2, anteriormente conhecido como Banco Bonsucesso, afirmou estar colaborando plenamente com as investigações. Em nota, a instituição garantiu que está fornecendo todas as informações requisitadas pela Polícia Federal e pela Receita Federal. A nota enfatizou que o banco opera em conformidade com as vigentes.

Banco Rendimento

O Banco Rendimento também se manifestou, esclarecendo que não presta mais serviços para a fintech T10bank. Em sua declaração, o banco destacou que segue todas as regulamentações do Banco Central e que realizou todas as avaliações recomendadas desde o início da relação com a fintech.

Fintechs T10bank e InoveBanco

A fintech InoveBanco, também conhecida como I9 pay, negou veementemente qualquer envolvimento nos fatos descritos pelas autoridades. A empresa afirmou ainda não ter tido acesso completo ao conteúdo da investigação, mas se colocou à disposição para colaborar. A T10bank não respondeu aos pedidos de comentário.

Medidas Legais e Consequências

Mandados de Prisão e Busca

A Justiça Federal em Campinas autorizou a emissão de 10 mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão. As operações foram realizadas em vários endereços nos estados de São Paulo e Minas Gerais, incluindo as sedes dos bancos BS2 e Rendimento.

A PF também ordenou a suspensão das atividades de 194 empresas usadas pela organização criminosa e o bloqueio de R$ 850 milhões em contas relacionadas ao esquema.

Crimes e Acusações

Os indivíduos e instituições investigados enfrentam uma série de acusações, incluindo gestão fraudulenta de instituição financeira, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa. A PF está trabalhando para reunir provas e apresentar um caso sólido contra os envolvidos.

Implicações para o Sistema Financeiro

Repercussões no Mercado

A operação “Concierge” lança uma luz sobre as vulnerabilidades do sistema e a necessidade de uma maior fiscalização das fintechs e bancos. O envolvimento de instituições financeiras estabelecidas em esquemas ilícitos pode abalar a confiança dos investidores e consumidores no . A fiscalização rigorosa e a aplicação das regulamentações são essenciais para prevenir tais incidentes no futuro.

Medidas de Compliance

Para prevenir futuros incidentes semelhantes, é crucial que as instituições financeiras reforcem suas práticas de compliance e monitorem cuidadosamente as transações realizadas através de suas plataformas. 

A colaboração com autoridades regulatórias e a adoção de tecnologias avançadas para o rastreamento de atividades suspeitas serão fundamentais para garantir a integridade do sistema financeiro.

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Imagem: TierneyMJ/ Shutterstock

Considerações Finais

A operação “Concierge” revela a complexidade e a escala dos esquemas financeiros ilícitos que podem envolver tanto grandes instituições bancárias quanto fintechs. 

A investigação em curso pela Polícia Federal visa não apenas desmantelar a organização criminosa, mas também fortalecer as medidas de controle e fiscalização dentro do sistema financeiro brasileiro. 

As consequências legais para os envolvidos podem ser severas, e a operação serve como um alerta para a necessidade de maior vigilância e conformidade no .

Imagem: Celso Pupo / Shutterstock.com