Caixa acelera abertura de agências físicas, ao contrário de outros bancões

A Caixa aumentou a sua meta de abertura de novas agências em 2021. Enquanto os bancos privados e até mesmo o Banco do Brasil (BB) diminuem a rede física, a Caixa rema contra essa maré. Inclusive, o banco público levanta questionamentos sobre o seu uso político da instituição, diante da queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro. 

Caixa acelera abertura de agências físicas, ao contrário de outros bancões

Apesar de inicialmente anunciar que iria abrir 250 novas unidades, na última semana, a Caixa anunciou que vai abrir 268 agências até o fim de 2021. Dessa forma, torna-se o único “bancão” que vai na direção de abrir muitas agências. Só no 1º semestre, o Bradesco, o Santander, e o BB fecharam 792 agências. Por outro lado, o Itaú que reduziu 600 agências desde 2019, abriu 3 unidades no mesmo período. 

A Caixa, por sua vez, segue com o número de agências intacto desde 2018, quando o banco fechou cerca de 20 agências. A razão da atual ampliação pega carona no foco social da instituição. A partir das novas agências, a Caixa vai atuar em todas as cidades do Brasil com mais de 40 mil habitantes. 

De acordo com o cientista político André César, os bancos estatais são instrumentos políticos utilizados em certos momentos. “Há uma série de questões de cunho político, como grupos regionais que fazem trocas com o centro do poder, Brasília”. Inclusive, o episódio envolvendo André Brandão, ex-presidente do BB, ilustra esse papel. 

Paralelo a isso, o professor de finanças da FGV-SP Rafael Schiozer diz que a abertura de agências da Caixa “é mais um movimento político do que outra coisa. Não faz sentido sob as óticas de eficiência, de resultados financeiros ou social”.

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Imagem: Lais Monteiro / shutterstock.com