Caixa fará novas exigências para reduzir juros no crédito imobiliário

Com taxa básica de juros (a Selic) em alta, chegando a 9,25% ao ano, além da projeção de novos aumentos ao longo de 2022, a Caixa Econômica Federal decidiu fazer algumas alterações nas condições para a concessão de crédito imobiliário. No entanto, o banco negou que esteja reajustando suas taxas de juros na modalidade prefixada pela Taxa Referencial (TR). Hoje, a taxa balcão está em 8,99% ao ano, valor praticado desde novembro 2021.

Contudo, segundo a Caixa, haverá sim uma “adequação nas condições para aplicação de redutores, que podem variar as taxas entre 8% a.a e 8,8% a.a., a depender do relacionamento do cliente com o banco”. Então, para saber mais, confira a seguir.

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Assim, na prática, o que muda é que, para conseguir uma redução das taxas de financiamento, será preciso contratar mais produtos no banco. Abrir uma conta-salário, fazer um seguro, realizar investimentos e solicitar um cartão de crédito são alguns exemplos. Além disso, a Caixa acrescentou ainda que “variações dos redutores podem ocorrer a depender do comportamento do mercado”.

Segundo o anúncio, as mudanças devem ocorrer apenas a partir de fevereiro. De acordo com especialistas, o banco, na verdade, estaria praticando uma elevação nos juros disfarçada. Isso porque a readequação é em relação à taxa final, sendo que os produtos bancários têm que ser avaliados individualmente, e nem sempre é de interesse do comprador do imóvel adquirir outros serviços.

Portanto, quem contrata um financiamento deverá comprometer uma fatia maior da sua renda, adquirir um imóvel mais barato ou então oferecer uma entrada maior. Ademais, com a Selic em alta, é possível que as taxas da Caixa sejam reajustadas novamente no futuro. Por fim, para Marco Adnet, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio, embora os juros estejam mais altos, o mercado imobiliário deve manter o ritmo de negociações.

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Imagem: refapress / Shutterstock.com