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Casais não se atolam em dívidas ao dividir a gestão do dinheiro

Um levantamento recente do banco UBS mostrou que 74% das mulheres tiveram uma surpresa negativa financeira quando se divorciaram ou ficaram viúvas. A pesquisa ouviu 3.700 mulheres ao redor do mundo. O estudo também revelou que 76% delas desejavam ter se envolvido mais nas decisões financeiras do casal. O principal motivo de elas não terem feito isso enquanto eram casadas é que 82% das entrevistadas disseram acreditar que o marido entendia mais de investimento de longo prazo. Analisando somente as brasileiras, o percentual é ainda maior: 93%. Muitas entrevistadas disseram focar em outras responsabilidades e diversas outras aceitavam não acompanhar o controle financeiro da família pois o marido ganhava a maior parte da renda da família. Algumas entrevistadas chegaram a dizer que não se interessavam por planejamento financeiro e investimentos. Este mesmo estudo descobriu que, quando os casais cuidam do dinheiro juntos, 93% dizem cometer menos erros. Junte a isso o fato de que o dinheiro é uma das maiores causas de divórcio no mundo. Por isso, o assunto deve ser debatido entre os casais antes de virar um problema, sendo um interesse de ambos.

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Os riscos da falta de interesse pelas finanças

Essa realidade leva a uma situação de dependência e vulnerabilidade entre as mulheres. Os homens, por outro lado, ficam com a responsabilidade de cuidar das finanças da família sozinhos.

Com isso, podem acontecer as chamadas traições financeiras, quando um parceiro esconde do outro a existência de dívidas (ou dinheiro guardado). Além disso, pode se criar uma imagem do marido ou esposa que não corresponde à realidade.

Dicas de finanças para casais

A primeira coisa para evitar os problemas é falar sobre dinheiro. Quando se cria o hábito de conversar sobre dívidas, ganhos, investimentos e planos fica mais fácil resolver as questões em conjunto quando necessário, além de alinhar expectativas.

Outra coisa é a divisão das contas do casal. Se ambos os cônjuges possuem renda, é importante que haja uma contribuição mútua nos gastos familiares. Uma saída prática é que cada um contribua com as despesas de forma proporcional à sua renda.

Para evitar os conflitos, o casal pode estipular um valor fixo para que cada cônjuge possa utilizar como desejar todo mês. Já a segunda possibilidade é que, em primeiro lugar, sejam pagas as contas da casa e seja reservado um valor para investimentos e, o que sobrar, cada um dos cônjuges pode consumir conforme preferir.

Um controle financeiro em conjunto também ajuda a melhorar a relação e a prevenir as dívidas e os gastos em excesso. Pode ser uma planilha, um aplicativo ou mesmo o caderninho, o importante é que os dois tenham acesso e criem o hábito de colocar as informações no dia a dia.

Falar sobre os sonhos e objetivos é fundamental para que os dois saibam as expectativas um do outro e possam ter motivação para manter a organização financeira, controlando os impulsos consumistas. Falando em motivação, também é importante ter o valor do casal reservado para o lazer, seja cinema, baladas, restaurantes, etc. Cortar esses gastos por completo costuma trazer mais malefícios que benefícios, o importante é saber dosar.

De casal devedor a casal investidor

Uma boa dica de finanças para casais é economizar um pouco a cada mês, especificamente para os sonhos do casal. O valor a ser poupado é de escolha do casal, mas o importante é não comprometer todo o salário com os gastos do dia a dia.

Os sonhos podem também ser mais ambiciosos, exigindo um esforço maior de poupança. Um exemplo é poder separar um ano sabático, fazer uma viagem internacional, comprar uma casa, abrir uma empresa juntos, etc.

Aí que entra a hora de escolher os investimentos para colocar a reserva do casal. É preciso que os dois estudem sobre o assunto antes de escolher se o dinheiro será colocado em renda fixa, ações, Tesouro Direto, fundos imobiliários… Cada opção oferece uma rentabilidade e um tipo de risco diferente.

Cada pessoa vê os investimentos de risco de maneira diferente, por isso o casal precisa entrar em acordo sobre isso, além de diversificar os investimentos para garantir que os objetivos sejam alcançados lá na frente.

Lembrando que corretoras de valores não permitem a criação de contas conjuntas para investimento, então o ideal é que alguns sejam feitos no nome de um e outros no nome de outro. No momento de usar esse dinheiro é que o casal irá unir os valores, cada um tirando de sua própria conta na corretora.

Conclusão

Diálogo, organização, transparência e vontade de aprender sobre finanças são essenciais para uma sociedade mais igualitária entre homens e mulheres e com menos conflitos entre casais por causa de dinheiro. E você, fala sobre o assunto com seu cônjuge? Conte para nós nos comentários!

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