Com dívida bilionária, Casas Bahia anuncia plano de recuperação judicial
Casas Bahia anuncia plano de recuperação judicial para reestruturar dívida de R$ 4,1 bilhões, com foco em alongamento da dívida
Em um movimento estratégico para lidar com suas obrigações financeiras, a Casas Bahia, gigante varejista brasileira, anunciou na noite deste domingo (28), um plano de recuperação extrajudicial. Assim, o objetivo principal dessa iniciativa é reestruturar a dívida de cerca de R$ 4,1 bilhões, buscando um caminho sustentável para a empresa e seus stakeholders.
De acordo com o comunicado da empresa, o prazo para pagamento da dívida foi estendido de 22 para até 72 meses, oferecendo um fôlego considerável para a organização. Além disso, a taxa de juros foi renegociada para o CDI mais uma variação de 1% a 1,5% ao ano.
Recuperação judicial da Casas Bahia
Portanto, um dos aspectos mais relevantes do novo plano é o período de carência concedido: 24 meses para o pagamento dos juros e 30 meses para o início do pagamento do montante principal. Assim, essa estratégia permite que a empresa reorganize suas finanças sem a pressão imediata de desembolsos significativos, crucial para a recuperação econômica no curto prazo.
Além disso, as Casas Bahia também estão implementando um plano de transformação operacional. Dessa forma, o foco está na redução de até R$ 1 bilhão em estoques, priorizando a transferência de itens menos lucrativos para o marketplace e mantendo nas lojas físicas apenas produtos com maior margem de lucro.
Essa abordagem não só otimiza o capital de giro mas também alinha a operação com as tendências de consumo atuais.
Impactos futuros previstos com a recuperação judicial
Enfim, a expectativa é que as novas condições de dívida promovam uma melhoria de R$ 4,3 bilhões no fluxo de caixa da empresa ao longo dos próximos quatro anos, com um impacto positivo já em 2024.
Dessa forma, a reorganização da estrutura de capital é uma forma para melhorar a credibilidade junto a fornecedores e instituições financeiras. Assim, aumentando a capacidade da empresa de negociar e expandir suas operações de forma sustentável.
Renato Franklin, presidente das Casas Bahia, expressou otimismo com as novas medidas, enfatizando o compromisso contínuo com a eficiência operacional e a rentabilidade. Ele ressalta que a visão estratégica para o futuro inclui uma disciplina rigorosa no uso do capital, garantindo não apenas a recuperação, mas também um crescimento robusto no mercado competitivo.
Imagem: Divulgação / Casas Bahia
