Como a previdência privada infantil funciona?
Percentual de procura pelo serviço tem crescido exponencialmente desde o início da década
Em suma, a previdência privada infantil nada menos é do que uma previdência privada comum. A diferença é que ela é destinada a menores de 18 anos e por isso, é uma boa maneira de investir no futuro dos filhos.
Atualmente, questões como saúde, educação e moradia são as maiores preocupações dos pais. Dessa forma, a previdência privada infantil é um tipo de aposentadoria particular que visa atingir objetivos a longo prazo, não tem relação com INSS e é fiscalizada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Assim, seu filho pode usar o dinheiro de diversas maneiras, seja como uma renda mensal para pagar a faculdade, ou até mesmo para comprar um imóvel.
Como as aplicações da previdência privada infantil são feitas tanto em fundos de renda fixa quanto de renda variável, o retorno é maior quando comparado com outros tipos de investimento em renda fixa como CDB e Tesouro Direto, por exemplo.
Visto que este tipo de previdência é gerenciado pelos pais, não existe idade mínima para investir na modalidade, mas lembre-se que quanto mais cedo se começa a investir, maior é a rentabilidade. Lembrando que o único requisito é que a criança tenha um CPF válido.
Como fazer uma previdência privada infantil?
Contratar um plano de previdência privada infantil é a oportunidade de ensinar seu filho desde cedo sobre a importância de pensar a longo prazo e ser controlado financeiramente.
Por isso, separamos um passo a passo para você começar o investimento sem preocupação. Confira:
1. Escolha o plano de previdência
Os planos oferecidos atualmente no Brasil são: PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres).
No PGBL, o valor é descontado no Imposto de Renda, limitado a 12% da renda bruta. No momento do resgate, o IR incide sobre o valor total depositado sobre o rendimento do período.
Já no VGBL, não é possível descontar do Imposto de Renda. Porém, o imposto incide sobre os rendimentos.
2. Defina o modelo de tributação
Na previdência privada infantil, você pode escolher entre dois modelos de tributação: regressivo e progressivo.
Na tabela regressiva, a cobrança de imposto diminui conforme o tempo da aplicação até o resgate, seguindo as alíquotas abaixo:
- Até 2 anos: 35%
- De 2 a 4 anos: 30%
- De 4 a 6 anos: 25%
- De 6 a 8 anos: 20%
- De 8 a 10 anos: 15%
- Acima de 10 anos: 10%.
Já na tabela progressiva, o IR varia conforme o valor recebido, com alíquotas que vão de 0 a 27,5%.
Além disso, há incidência de IR na fonte com alíquota de 15% sobre o valor resgatado.
3. Compare ofertas de diferentes instituições financeiras
Mapear os planos de previdência de várias instituições é importante, pois as taxas cobradas fazem uma grande diferença na rentabilidade.
As principais taxas cobradas nos planos de previdência são: taxa de administração e taxa de carregamento.
A taxa de administração é a remuneração paga pelos gestores e administradores do fundo. Em média, custa 1,5% e costuma ser cobrada anualmente.
A taxa de carregamento é o percentual que incide sobre os aporte e existe para cobrir despesas administrativas. Dependendo da negociação, é possível ficar isento desta taxa.
Além destas, algumas seguradoras podem cobrar a chamada taxa de saída no momento de retirada do capital. Por isso, é necessário analisar com cuidado onde e como investir.
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Imagem: wong yu liang / Shutterstock.com