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Como calcular a taxa referencial e como ela afeta os investimentos?

A Taxa Referencial está presente em diversas modalidades de investimentos e portanto impacta diretamente os aplicadores. Veja!

No universo de investimentos e finanças, a Taxa Referencial (TR) é um componente crucial. Apesar de sua compreensão por vezes parecer desafiadora, seu papel na economia é essencial. No entanto, muitos investidores ainda desvendam o real significado e influência da TR em seus investimentos.

Originada na década de 1990, a TR foi criada para atuar como referência para as demais taxas de juros no Brasil. Hoje, a taxa Selic desempenha este papel na nossa economia, mas a TR ainda é utilizada como indicador em vários ativos, incluindo FGTS, poupança e títulos de capitalização.

Cálculo da Taxa Referencial

Atualmente, o Banco Central calcula e divulga a TR. Apesar de ter passado por diversas alterações em seu cálculo desde a sua criação, o modelo adotado atualmente foi definido em 2018. Antes disso, o cáculo da TR baseava-se na média ponderada das taxas de juros dos CDBs das 30 maiores instituições financeiras brasileiras.

Com o novo modelo, primeiramente determina-se o valor do “Redutor (R), que tem como função eliminar a influência dos impostos sobre a TR, depois substitui-se na fórmula do cálculo da TR, que leva em consideração a Tarifa Básica Financeira (TBF).

Sendo assim, as fórmulas são as seguintes:

  • R = a + b x TBF
  • TR = 100 x {[((1 + TBF) / 100) / R] – 1}
Dois cubos de madeira com símbolo de percentual de setas em vermelho e verde, simbolizando as taxas de juro
Imagem: Jo Panuwat D / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Como a taxa afeta os principais investimentos?

A Taxa Referencial, apesar de ter perdido relevância em seu uso original, ainda é uma componente importante na rentabilidade de certos ativos financeiros. É essencial em poupanças, FGTS, títulos de capitalização e financiamentos imobiliários que fazem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

A rentabilidade da poupança, por exemplo, está ligada à TR. Quando a TR está zerada, a rentabilidade desse tipo de investimento depende apenas da taxa Selic, podendo variar de acordo com as reuniões do Copom.

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Já o FGTS, que é um fundo criado pelo Governo Federal para proteger os trabalhadores em caso de demissão sem justa causa, também tem sua rentabilidade atrelada à TR, significando que mudanças na política da TR podem impactar diretamente a vida financeira dos trabalhadores.

Imagem: Jo Panuwat D / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital