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Como estão os indicadores da Copel? Confira os resultados da empresa

Veja os últimos resultados da empresa e seu histórico recente de operação

Como estão os indicadores da Copel? Primeiramente, a Copel (Companhia Paranaense de Energia) é uma das maiores companhias elétricas do Brasil. Sendo assim, a Copel abriu seu capital na Bolsa brasileira em abril de 1994, e em julho de 1997 tornou-se a primeira empresa do setor elétrico do país a ser listada na bolsa de NYSE.

Atualmente, a companhia atende diretamente 4,8 milhões de unidades consumidores em quase 400 municípios. Ademais, a empresa possui 45 usinas próprias, opera 1 usina em regime de cotas e tem participação relevante em 11 empreendimentos de geração de energia. Além disso, a Copel está construindo 4 parques eólicos e 1 usina hidrelétrica, o que aumentaria a sua capacidade atual de 6.400 MW.

Indicadores da Copel

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento mais racional e embasada, é necessário se atentar para alguns indicadores da empresa em análise. Eles fornecem uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor na tomada de decisão.

Com tal propósito, falaremos sobre alguns indicadores e sobre os resultados e histórico que os agregam. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa.

Ademais, também se faz válido ressaltar que os números nesse artigo foram tirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 06/08/2021. Enfim, usaremos as ações ordinárias da empresa como base de análise, sendo sua sigla na B3 CPLE3.

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da Copel

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela avaliação da sua rentabilidade. Sendo esse um dos pontos principais para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo pode trazer retornos.

Lucro Líquido

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas.  Portanto, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resumo o lucro líquido. Assim, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidos pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço.

Desta forma, a Copel teve em seu 1T21 R$ 795 milhões de lucro líquido, um resultado 55,6 % melhor do que no 1T20. Nesse sentido, naquele primeiro trimestre a companhia havia conseguido um lucro líquido de R$ 511 milhões.

Margem líquida

A margem líquida representa a porcentagem de lucro líquido que uma empresa obteve em relação à sua receita total. Assim, quanto maior é o indicador, mais eficiente é a operação da empresa, uma vez que uma maior parte do que foi gerado se tornou lucro. Sendo assim, a Copel teve uma margem líquida de 15.95% no 1T21, abaixo da margem alcançada no 4T20 (20.98%). Contudo, o número ainda é superior a vista no 1T20, que a época marca 12.3%.

EBITDA

Primeiramente, o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.

Sendo assim, o EBITDA demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível da empresa. Dito isso, o EBITDA da Copel no 1T21 foi de R$ 1.371 milhões, 18,9% maior se comparado ao do 1T20.

ROE

Primeiramente, o ROE fornece uma proporção entre o lucro líquido de uma empresa e seu patrimônio líquido. Ele é medido por lucro liq. / patrimônio liq. e informa o quanto uma empresa gera de caixa em comparação ao que ela já tem de ativos.

Desta forma, a companhia vem conseguido aumentar seu ROE desde 2017, quando seu indicador marcava 2.5% no 2T17. Nesse sentido, no 1T21 o ROE da Copel foi de 21.08%, maior patamar alcançado pela empresa até o momento. Ademais, no 1T20 a companhia estava com um ROE de 11.58%, e no 4T20 o valor era de 19.27%.

ROIC

Por sua vez, o ROIC fornece um panorama mais geral da rentabilidade da companhia. A sigla significa “Retorno Sobre o Capital Investido”, e é medido a partir do Resultado Operacional Líquido de Impostos sobre o Capital Investido da empresa.

De forma semelhante ao indicador anterior, a Copel vem conseguido aumentar seu ROIC de forma consistente nos últimos anos. Nesse sentido, conseguiu no 1T21 um ROIC de 11.83%, 0.5p.p. a mais do que no 1T20.

Histórico de Dividendos da Copel

Em síntese, os dividendos são a parte do lucro que a empresa repassa para seus acionistas. Dessa forma, como sócio, o investidor tem direito a receber os proventos que esta distribui, tornando essa uma das principais formas de se ganhar dinheiro passivamente com ações.

Do mesmo modo, o Dividend Yield mede a porcentagem de dividendos em comparação ao preço da ação. Por exemplo, um Dividend Yield de 10% mostra que 10% do valor da ação está sendo repassado em forma de dividendos para os acionistas.

Sendo assim, a Copel se destaca entre as empresas do setor por possui uma alta taxa de Dividend Yield. Dessa forma, a companhia atualmente mantém o indicador em 14.95%. Contudo, a média levando em conta a última década é de 6.65% para a empresa.

Aqui vale destacar que uma parte considerável dos lucros repassados aos acionistas são gerados por operações financeiras da empresa. Nesse sentido, a Copel teve somente no 1T21 R$ 112.281 milhões de resultado financeiro.

Ademais, a companhia já distribui esse ano cerca de R$ 0,59 centavos por ação. Desta forma, o número é consideravelmente maior do que o de 2020, quando no ano inteiro a companhia distribui cerca de R$ 0,28 por ação.

Endividamento da Copel

Antes de mais nada, a Copel vem diminuindo a sua dívida líquida há pelo menos 3 anos. Sendo assim, a companhia saiu de um endividamento de R$ 8.2 bilhões em 2019 para R$ 6.2 bilhões atualmente.

Além disso, o perfil da dívida da Copel se apresenta relativamente diluído entre curto, médio e longo prazo. Desta forma, do total atual, a companhia tem como dívida de curto prazo R$ 1.7 bilhão.

Ademais, a segunda parte mais significativa tem como vencimento 2023, totalizando quase R$ 2.5 bilhões para aquele ano. Por fim, o restante da dívida está com o vencimento mais concentrado em 2024 e 2027.

Dívida líquida / PL

Primeiramente, a Dívida Líquida/Patrimônio Líquido significa a divisão entre todo o endividamento da empresa e o total de ativos que ela possui. Desta forma, é possível descobrir o quanto uma empresa utiliza de capital de terceiros para financiar suas atividades em relação ao patrimônio dos seus acionistas.

Dito isso, a dívida líquida / PL da Copel atualmente é de 0,32x, número que pode ser considerado, ainda mais levando em conta a quantidade de investimentos que a empresa está realizando no momento.

Sob tal as aspecto, o indicador também demonstra uma melhora considerável se levarmos em conta o 1T20, quando ele estava em 0,39x.

Dívida líquida / EBITDA

Da mesma forma, a Dívida líquida / EBITDA fornece o número de anos que uma empresa levaria para pagar sua dívida líquida no cenário em que o EBITDA permanece constante.

Nesse sentido, no 1T21 a dívida líquida / EBITDA da Copel foi de 1,2x, número que vem caindo regularmente ao longo dos últimos anos. Sendo assim, a companhia possuía 2x no mesmo indicador no 2T20 e cerca de 2,2x no ano de 2019.

Conclusão

Em resumo, a Copel apresenta resultados sólidos de operação, com lucros operacionais satisfatórios e financeiros relevantes. Além disso a empresa vem diminuindo seu endividamento e possui uma boa política de distribuição de dividendos.

Ademais, para os investidores que procuram uma empresa do setor elétrico que paguem bons dividendos, a Copel com certeza deveria ser levada em conta. Por fim, a companhia irá apresentar os resultados do 2T21 no dia 12 de agosto.

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Imagem: Postmodern Studio / shutterstock.com