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Como estão os indicadores da Springs? Veja os resultados do 2T21

Veja os resultados do 2T21 da companhia têxtil e como andam suas operações

Como estão os indicadores da Springs? Primeiramente, a Springs Global é uma empresa têxtil formada a partir da combinação de duas outras grandes companhias, a brasileira CTNM e a norte-americana Springs Industries. Atualmente a Springs é líder no mercado de cama, mesa e banho, com operações no Brasil e na Argentina, e subsidiárias nos Estados Unidos.

A partir de 2009, a Springs passou a atuar diretamente no varejo monomarcas de cama, mesa e banho no Brasil, através da aquisição da rede de lojas MMartan. Em 2011, iniciou-se o desenvolvimento da rede de lojas Artex. Atualmente, as atividades de varejo da Springs estão concentradas na empresa AMMO Varejo.

Indicadores da Springs

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento com base nos fundamentos da empresa, é necessário avaliar sua situação financeira e mercadológica. Nesse sentido, os indicadores ajudam a fornecer uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor nessa tomada de decisão.

Dito isso, falaremos brevemente sobre alguns indicadores, os resultados e histórico que os acompanham. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa.

Ademais, também é preciso ressaltar que os números nesse artigo foram retirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 16/08/2021. Por fim, usaremos as ações ordinárias da Springs como base de análise, sendo seu código na B3 SGPS3.

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da Springs

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela análise da sua rentabilidade. Sendo esse um dos principais aspectos para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo trazer retornos.

Dito isso, a Spring conseguiu nesse segundo trimestre retomar alguns indicadores a patamares mais próximos do pré-pandemia. Nesse sentido, a receita líquida consolidada alcançou R$ 385,0 milhões no 2T21, 46,2% e 17,3% superior à do 2T20 e do 2T19, respectivamente.

No 2T20 houve fechamento do comércio físico por causa da pandemia do Covid-19, com impacto negativo na receita da unidade de negócio atacado e na receita de lojas físicas da unidade de negócio de varejo, compensada pelo forte crescimento de 8,7 vezes das vendas no e-commerce. Contudo, mesmo com essas melhoras, a companhia não conseguiu registrar lucros, ficando com prejuízos em suas operações.

Lucro Líquido

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas pela companhia.  Portanto, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resume o lucro líquido.

Assim, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidas pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço. Dito isso, a Springs teve um prejuízo líquido de R$ 37,77 milhões no 1T21, fazendo com que a empresa alcançasse o 9º trimestre seguido com prejuízos.

EBITDA

De antemão, podemos afirmar que o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.

Sendo assim, o indicador demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível da empresa. O EBITDA da Springs no 2T21 foi de R$ 42,99 milhões, sendo 18,57% menor do que o registrado no 1T21. Em contrapartida, na comparação com o 2T21 o EBITDA da companhia aumentou cerca de 502%, saindo de R$ 8,55 milhões para o patamar atual.

Margem EBITDA

Em resumo, a Margem EBITDA caracteriza a capacidade operacional de caixa das empresas, ou seja, representa a aptidão da companhia em gerir recursos mediante as atividades operacionais. Além disso, o indicador não considera os impostos e os efeitos financeiros.

A Margem é calculada a partir da divisão do EBITDA pela receita líquida multiplicada por 100, para aparecer em forma de porcentagem. Nesse sentido, empresas endividadas não devem ser analisadas somente por meio desse indicador, uma vez que os proventos de juros são retirados desse cálculo.

Desta forma, a margem EBITDA da Springs atualmente é de 11,05%, quase o dobro da margem vista em 2020 e bem abaixo dos 26,14% de 2019.

Endividamento da Springs

A posição de dívida líquida da Springs era de R$ 739,3 milhões, em 30 de junho de 2021, ante R$ 766,5 milhões, em 31 de março de 2021, com redução de R$ 27,2 milhões, ou 3,5%, entre trimestres.

Dívida líquida / PL

Primordialmente, a Dívida Líquida/Patrimônio Líquido significa a divisão entre todo o endividamento da empresa e o total de ativos que ela possui. Desta forma, é possível descobrir o quanto uma empresa utiliza de capital de terceiros para financiar suas atividades em relação ao patrimônio dos seus acionistas.

Sob tal aspecto, a dívida líquida / PL da Springs atualmente é de 0,71x, com o número se mantendo o mesmo em relação a 2020.

Dívida líquida / EBITDA

Da mesma forma, a Dívida líquida / EBITDA fornece o número de anos que uma empresa levaria para pagar sua dívida líquida, no cenário em que o EBITDA permanece constante.

Dito isso, a companhia reduziu alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, de 5,4x no final de 2020, para 3,5x no final do 2T21.

Conclusão

Em resumo a Springs é uma das maiores empresas do seu setor, com uma grande parte dos seus negócios focado no varejo, o que fez com que a companhia sofresse fortemente devido as restrições do covid-19. Dito isso, anteriormente a pandemia a empresa já vinha apresentando algumas dificuldades, registrando prejuízos em suas operações em seguidos semestres.

Ademais, a empresa possui uma dívida não tão controlada, mas que ainda não representa maiores riscos para a empresa. Por fim, a Springs não distribui dividendos desde 2010, não sendo então recomendada para os que buscam rendimentos a partir de proventos.

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Imagem: ri.springs.com