Como fica a poupança com a Selic a 9,25%?
Na última quarta-feira (08), o Copom aumentou a taxa básica Selic em 1,5 ponto percentual. E assim, ela subiu de 7,75% para 9,25% ao ano. Com o aumento, o cálculo da rentabilidade da poupança sofreu alteração. Ao invés de render 70% da atual taxa básica de juros, a caderneta voltou para a sua regra antiga. Abaixo, confira os detalhes.
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A partir do aumento da Selic, a poupança vai render 0,5% ao mês (o que equivale a 6,17% ao ano) + uma taxa referencial (TR) que está zerada atualmente. Essa era a única fórmula de rendimento até 2012, quando se determinou que os novos aportes renderiam 70% da Selic quando a taxa estivesse abaixo ou igual a 8,5%, e só retornaria para o cálculo antigo se os juros passassem esse valor.
Sendo assim, a regra antiga reforça ainda mais, a defasagem da poupança em relação às outras aplicações de renda fixa, já que a famosa caderneta não vai mais acompanhar a escalada da Selic, e terá o retorno travado em 6,17% ao ano. De acordo com o Boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado mostra que os juros devem chegar à 11,25% até o final de 2022.
De acordo com a Economatica, até o mês deoutubro, o retorno real da poupança foi de -5,73%. Ou seja, o poupador perdeu dinheiro para a inflação. E apesar de um retorno real positivo (0,77%) esperado nos próximos 12 meses, a aplicação seguirá perdendo muito para os demais produtos de renda fixa, sejam eles isentos de IR ou não.
Por fim, Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama, afirma que:
“Em 2021 a poupança está perdendo (e muito) para a inflação. Outras aplicações financeiras também estão, mas menos. Para o ano que vem, se o BC conseguir fazer com que a inflação convirja para pelo menos o teto da meta (5%) já haverá ganhos reais. Mas os juros estarão altos, então é importante investir em renda fixa com maior retorno esperado e recuperar a perda do poder de compra ocorrida neste ano”.
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